Jovem sob Efeito de Antidepressivo Incita o Suicídio do seu Namorado

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Uma jovem julgada por exortar seu namorado a se matar, estava em estado delirante por se tornar involuntariamente “intoxicada” por antidepressivos, disse o psiquiatra Dr. Peter Breggin, na segunda-feira, como testemunha de defesa, em um tribunal de Massachusets.

Segundo Breggin, a jovem Michelle Carter “não pode ser acusada de intenção”, após haver mudado a sua prescrição de antidepressivo, apenas semanas antes de seu namorado se suicidar em julho de 2014, o Dr. Peter Breggin testemunhou.

Ela até mesmo continuou a enviar mensagens em seu telefone semanas depois que o seu namorado cometeu suicídio, foi lembrado por Breggin.

Michelle Carter, de 20 anos, está sendo julgada por homicídio involuntário na morte de Conrad Roy III, com 18 anos quando se envenenou inalando monóxido de carbono em sua caminhonete.

Os promotores argumentam que, enquanto Michelle Carter desempenhava o papel de namorada amorosa e perturbada, ela empurrou secretamente o seu namorado Roy para o suicídio, enviando inúmeras mensagens de texto encorajando-o a tirar sua própria vida. Algo como “Romeu e Julieta” de Shakespeare foi reproduzido.

Breggin_Massachusets

O que o Dr. Peter Breggin afirmou frente ao júri é que a jovem Michelle Carter agiu dessa maneira por estar sob os efeitos da mudança de antidepressivos, ao passar a tomar Celexa (Citalopram, no Brasil).

Breggin é bem conhecido por seus inúmeros livros, artigos científicos, e por várias vezes ter sido convocado para denunciar a indústria farmacêutica em tribunais, tendo imposto pesadas indenizações às empresas farmacêuticas pelos danos causados em usuários de drogas psiquiátricas.

O Mad in Brasil tem tido a oportunidade de disponibilizar para o público brasileiro vários artigos de Peter Breggin. Ele formulou o conceito “anosognosia por intoxicação”, para se referir aos fenômenos comuns aos que são usuários de drogas psiquiátricas, em particular os antidepressivos: a perda da consciência de que está sob “embotamento emocional” induzido pelos efeitos psicoativos da droga. “Tais drogas podem prejudicar o julgamento, a sensatez, o discernimento, o entendimento, o amor e a empatia”, diz Breggin.

Confira a matéria na íntegra que acaba de ser publicada (13 de junho de 2017) por CNN.