Olga Runciman: ‘Sobrevivente’ da Psiquiatria

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Mad in BrasilCom relação aos que tiveram a experiência de ‘surto psicótico’, que foram diagnosticados como ‘esquizofrênico’ ou como ‘psicótico’, que foram internados e que estão sob tratamento com drogas psiquiátricas, o senso-comum é que tal experiência existencial é um passaporte para a loucura sem volta, condenando ele/ela a passar o restante da sua vida enquanto paciente / ou ‘usuário’ psiquiátrico.  .

Eis o exemplo da dinamarquesa Olga Runciman. Sua trajetória de vida desmente radicalmente o senso-comum de que se trata uma doença como outra qualquer, fazendo parte do rol das doenças crônicas. Olga foi diagnosticada como ‘esquizofrênica’, ficou internada por 10 anos em um hospital psiquiátrico em Copenhague, tentou suicídio várias vezes; e, não obstante, conseguiu deixar de ser paciente psiquiátrica, é uma militante contra o modelo biomédico da psiquiatria, formou-se em psicologia e é hoje psicoterapeuta especializada em tratamento das psicoses.

Em 2015, à convite da ABRASME e do LAPS/ENSP/FIOCRUZ, Olga apresentou a sua trajetória no II Fórum de Direitos Humanos e Saúde Mental (em João Pessoa), e em uma conferência na Escola de Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (EMERJ).

Olga é exemplo eloquente para todos nós.

Vide a sua apresentação em um evento mais recente, que foi organizado pelo Internacional Institute for Withdrawal of Psychiatric Drugs, com legendas em espanhol disponíveis, clicando aqui →

 

Olga