Dra. Joanna Moncrieff: desafiando a nova onda de propaganda dos antidepressivos

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James MooreEsta semana no MIA Radio, a entrevistada é a Dra. Joanna Moncrieff. Dra. Moncrieff é psiquiatra, acadêmica e autora. Ela tem interesse na história, filosofia e política da psiquiatria, e particularmente no uso e mal-uso de drogas psiquiátricas, assim como as falsas informações a respeito delas.

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Como autora, Dra. Moncrieff escreveu extensivamente sobre drogas psiquiátricas e entre seus livros destacamos The Myth of the Chemical Cure, A Straight Talking Introduction to Psychiatric Drugs e The Bitterest Pills: a história preocupante das drogas antipsicóticas.

Ela é um dos membros fundadores da Rede de Psiquiatria Crítica que consiste de psiquiatras de todo o mundo que são céticos quanto à ideia de que os transtornos mentais são simplesmente doenças cerebrais e que são do domínio da indústria farmacêutica.

Falamos sobre a recente meta-análise da eficácia e tolerabilidade de 21 drogas antidepressivas, que em 22 de fevereiro foi amplamente divulgada nas mídias de notícias do Reino Unido.

No episódio, discutimos:

  • A abordagem adotada nessa maior meta-análise feita sobre a eficácia e a tolerabilidade de 21 fármacos antidepressivos comuns.
  • Os problemas inerentes à comparação dos antidepressivos entre si, em oposição aos ensaios que comparam o fármaco ativo com um placebo.
  • Que a principal conclusão alcançada foi que todos os antidepressivos estudados eram melhores que o placebo na redução dos sintomas depressivos.
  • As limitações do estudo, particularmente como a taxa de resposta foi a selecionada como sendo a medida principal dos resultados.
  • Essa “resposta” é principalmente definida como uma redução na Escala de Avaliação de Depressão de Hamilton (ou outra escala) de 50% ou mais durante o estudo.
  • Que a taxa de resposta pode inflar artificialmente a diferença entre o fármaco e o placebo.
  • Os problemas com o duplo cego que sustenta as pesquisas e os efeitos da inclusão de pessoas que já estão recebendo tratamento antidepressivo.
  • Que o estudo não incluiu os efeitos adversos ou as dificuldades para se deixar de tomar antidepressivos, apenas taxas de desistência que não são representativas do quadro total do consumo dessas drogas.
  • O papel do curto-prazo que dá suporte a essas pesquisas, predominantemente 8 semanas, com uma faixa que vai de 4 a 12 semanas, o que não pode ser facilmente comparado com a experiência do mundo real das pessoas que tomam as drogas por períodos muito mais longos.
  • Assim sendo, quando os dados primários são analisados (os escores da escala de avaliação da depressão), as diferenças entre o placebo e os antidepressivos são muito pequenas e provavelmente clinicamente insignificantes.
  • A natureza acrítica e sensacionalista do relatório do estudo passado à mídia e o link com o Science Media Center.
  • As preocupações com o estar sendo dito que a depressão está subtratada no Reino Unido, o que não encontra suporte nos próprios resultados do estudo.
  • Que as pessoas devem cuidadosamente colocar na balança benefícios versus riscos, levando em conta o potencial de efeitos adversos ou dificuldades para parar de tomar os medicamentos.

Links Importantes:

Comparative efficacy and acceptability of 21 antidepressant drugs for the acute treatment of adults with major depressive disorder: a systematic review and network meta-analysis

Challenging the New Hype About Antidepressants

The Hamilton Depression Scale

Empirically derived criteria cast doubt on the clinical significance of antidepressant-placebo differences

Efficacy of antidepressants in adults

The Science Media Centre

1 COMENTÁRIO

  1. t enho um filho de 14 anos que toma risperidona não estou contente com isso gostaria de saber o que posso fazer para tirar essa droga dele mas encontro resistença da minha esposa o posso fazer pois temo pela saude dele