Esta semana no MIA Radio, a entrevistada é a Dra. Joanna Moncrieff. Dra. Moncrieff é psiquiatra, acadêmica e autora. Ela tem interesse na história, filosofia e política da psiquiatria, e particularmente no uso e mal-uso de drogas psiquiátricas, assim como as falsas informações a respeito delas.
Como autora, Dra. Moncrieff escreveu extensivamente sobre drogas psiquiátricas e entre seus livros destacamos The Myth of the Chemical Cure, A Straight Talking Introduction to Psychiatric Drugs e The Bitterest Pills: a história preocupante das drogas antipsicóticas.
Ela é um dos membros fundadores da Rede de Psiquiatria Crítica que consiste de psiquiatras de todo o mundo que são céticos quanto à ideia de que os transtornos mentais são simplesmente doenças cerebrais e que são do domínio da indústria farmacêutica.
Falamos sobre a recente meta-análise da eficácia e tolerabilidade de 21 drogas antidepressivas, que em 22 de fevereiro foi amplamente divulgada nas mídias de notícias do Reino Unido.
No episódio, discutimos:
- A abordagem adotada nessa maior meta-análise feita sobre a eficácia e a tolerabilidade de 21 fármacos antidepressivos comuns.
- Os problemas inerentes à comparação dos antidepressivos entre si, em oposição aos ensaios que comparam o fármaco ativo com um placebo.
- Que a principal conclusão alcançada foi que todos os antidepressivos estudados eram melhores que o placebo na redução dos sintomas depressivos.
- As limitações do estudo, particularmente como a taxa de resposta foi a selecionada como sendo a medida principal dos resultados.
- Essa “resposta” é principalmente definida como uma redução na Escala de Avaliação de Depressão de Hamilton (ou outra escala) de 50% ou mais durante o estudo.
- Que a taxa de resposta pode inflar artificialmente a diferença entre o fármaco e o placebo.
- Os problemas com o duplo cego que sustenta as pesquisas e os efeitos da inclusão de pessoas que já estão recebendo tratamento antidepressivo.
- Que o estudo não incluiu os efeitos adversos ou as dificuldades para se deixar de tomar antidepressivos, apenas taxas de desistência que não são representativas do quadro total do consumo dessas drogas.
- O papel do curto-prazo que dá suporte a essas pesquisas, predominantemente 8 semanas, com uma faixa que vai de 4 a 12 semanas, o que não pode ser facilmente comparado com a experiência do mundo real das pessoas que tomam as drogas por períodos muito mais longos.
- Assim sendo, quando os dados primários são analisados (os escores da escala de avaliação da depressão), as diferenças entre o placebo e os antidepressivos são muito pequenas e provavelmente clinicamente insignificantes.
- A natureza acrítica e sensacionalista do relatório do estudo passado à mídia e o link com o Science Media Center.
- As preocupações com o estar sendo dito que a depressão está subtratada no Reino Unido, o que não encontra suporte nos próprios resultados do estudo.
- Que as pessoas devem cuidadosamente colocar na balança benefícios versus riscos, levando em conta o potencial de efeitos adversos ou dificuldades para parar de tomar os medicamentos.
Links Importantes:
Challenging the New Hype About Antidepressants
t enho um filho de 14 anos que toma risperidona não estou contente com isso gostaria de saber o que posso fazer para tirar essa droga dele mas encontro resistença da minha esposa o posso fazer pois temo pela saude dele