A revista Radis publicou uma matéria sobre o que é um CAPSad, após passar um dia inteiro frequentando o CAPS Miriam Makeba e acompanhando a rotina do local. A matéria traz ainda relatos de pessoas que frequentam o local.
A Radis faz um excelente trabalho mostrando os benefícios da Reforma Psiquiátrica, que permitiu o atendimento humanizado e em liberdade das pessoas em sofrimento psíquico. Mas a Reforma está sendo ameaçada pela nova Política Nacional de Saúde Mental e com as Diretrizes da Política Nacional sobre Drogas.
“A nota [Diretrizes da Política Nacional sobre Drogas] é parte de uma estratégia consciente e bem determinada de desmonte do SUS e da reforma psiquiátrica e de restauração e ampliação dos interesses privados que atuam na saúde pública” (Paulo Amarante)
Já para o psiquiatra Edmar Oliveira, ex-diretor do Instituto Municipal Nise da Silveira, o ataque do Governo desfigura e destrói os pressupostos da Reforma.
“Ou seja, cria condições de violação dos direitos humanos, retira o tratamento dos dispositivos comunitários, dispensa a inclusão social e acaba com o modelo substitutivo, requisito principal da Reforma”(Edmar Oliveira)
Todos os entrevistados descreveram como o CAPS os ajudou a superar suas dificuldades, contando com o apoio de uma equipe multidisciplinar formada por 43 profissionais entre médicos, enfermeiros, psiquiatras, psicólogos e assistentes sociais, durante 24 horas por dia.
“Isso aqui não pode acabar, se não, vão acabar com a gente também. Vai ser uma calamidade. No Caps eu me sinto protegida e segura”.(Fabiana Gomes Barbosa – Usuária do CAPSad Miriam Makeba)
A matéria é muito relevante para se entender quais são as mudanças nos serviços de saúde mental com as novas leis, bem como para se ter uma ideia de como funciona um CAPS e porque é um espaço tão relevante para a sociedade.
A matéria traz uma entrevista muito importante com o psiquiatra Edmar Oliveira, onde ele diz que “SEM DEMOCRACIA, O MANICÔMIO VENCE“.
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