Publicado no Plataforma Família: Apesar do medicamento, a princípio, deixar a universitária Marcela mais focada durante as oito horas de efeito, ela começou a perceber que mesmo não tomando a Ritalina, ela conseguia decorar seus textos do teatro, por exemplo. Ao questionar a médica sobre esse fato, recebeu como resposta que é comum os sintomas não aparecerem de forma prejudicial nas áreas em que se tem mais habilidade.
A partir disso, a autora começou a questionar o motivo dela, e das milhares de crianças, serem medicadas com psicofármacos diariamente no mundo. Ela chegou à conclusão que a hiperatividade é uma forma de padronizar as crianças através de medicamentos que modificam seus comportamentos, de modo que ajam como socialmente é o esperado delas. Foi o que aconteceu com ela na sua infância. Não há uma preocupação por parte dos adultos em que essas crianças se tornarão um dia, a preocupação está, por exemplo, se ele/ou ela ingressará nos melhores cursos universitários. A escola deveria adaptar-se às novas realidades; mas, pelo contrário, tenta encaixar seus alunos nos velhos padrões. Tudo isso contribui para que as crianças que saem dos padrões sociais sejam cada vez mais medicadas.
Levando em consideração a experiência e opinião de Marcela, podemos nos perguntar: o TDAH é uma doença ou é uma forma de controle social?
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