Publicado no Jornal Gazeta do Povo (19/06/2016), a entrevista com Maria Aparecida Affonso Moysés, professora titular do Departamento de Pediatria da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp e militante do “Despatologiza – Movimento pela Despatologização da Vida”, que tem articulado discussões, eventos e ações sobre a medicalização da vida e da educação.
A professora e médica Maria Aparecida alerta que não há comprovação científica de que o TDAH exista, mesmo assim, houve uma epidemia desses diagnósticos. Como consequência, o uso de ritalina aumentou, sendo usada pelos seus efeitos adversos para conter quimicamente as crianças e adolescente mais agitados, permitindo que elas passem a obedecer, e deixem de questionar. O uso dessa droga psiquiátrica aumentou 775% em 10 anos segundo dados da Anvisa, levando o Brasil ao 2º lugar do ranking do consumo mundial de ritalina.
Ao invés do tratamento com a droga psiquiátrica, Maria Aparecida defende a necessidade de escutar e entender o que essas crianças estão tentando nos dizer com tais comportamentos, e assim estabelecer um tratamento terapêutico singular para cada criança.
Entre os resultados da luta da Dra. Maria Aparecida Moises est;