MEDICANDO O NORMAL (Medicating Normal)

No dia 06 de Novembro, sexta-feira, das 9:00-11:30, o filme Medicando o Normal será exibido. É uma das atividades do 4 Seminário Internacional A EPIDEMIA DAS DROGAS PSIQUIÁTRICAS. O filme tem a duração de 1h15minutos. Haverá um debate após o filme. A sala para a exibição do filme comporta no máximo 1.000 pessoas. O convite para a inscrição na Webinar será disponibilizado aqui no MIB e nas redes sociais. Clicando aqui você pode ver o trailer do filme. Esperamos que o filme seja exibido normalmente nas salas comerciais.

Sinopse do filme

Um em cada cinco estadunidenses está tomando um medicamento psiquiátrico prescrito, incluindo milhões de crianças. Embora essas drogas possam fornecer alívio eficaz de curto prazo para problemas emocionais, as empresas farmacêuticas têm escondido dos médicos e pacientes seus efeitos colaterais perigosos e danos a longo prazo. Combinando cinema-verdade e jornalismo investigativo, Medicando o Normal acompanha as histórias de cinco estadunidenses que foram prejudicados por medicamentos que eles acreditavam que os ajudariam.

Angie, uma veterana da Guerra do Iraque, passou de “super soldado” a paciente mental e a certa altura esteve tomando dezoito medicamentos diferentes. Dave, um oficial da Marinha e graduado pela M.I.T. com um duplo mestrado, viu sua carreira descarrilada pelos efeitos colaterais adversos de seus medicamentos psiquiátricos prescritos. Rebecka, uma estudante temperamental do ensino médio, preocupados seus pais a levaram a um médico que aconselhou o início do tratamento com antidepressivos. Shalamar, que trabalhava até altas horas da noite como garçonete, ela simplesmente tinha problemas para adormecer. Os medicamentos prescritos causaram danos graves para suas vidas e nós ao longo do filme os acompanhamos enquanto eles recuperavam suas vidas.

Cada um lamenta a fé cega que colocaram em um sistema que assume que sentimentos desconfortáveis como estresse ou tristeza são evidências de um transtorno mental que pode ser “consertado” com uma pílula. Como Shalamar repreende seu psiquiatra: “Se você apenas tivesse me falado sobre os perigos de tomar esta droga, eu diria ‘não estou afim!’ ”A resposta dela ressalta para os espectadores a realidade de que hoje, em tratamento de saúde mental, raramente os médicos ou seus pacientes estão totalmente cientes dos riscos versus benefícios de tomar esses medicamentos, ou possíveis alternativas que podem permitir que seus pacientes façam decisões mais bem informadas.

Embora reconheça que a medicação psiquiátrica pode ser muito útil para alguns pacientes, o filme expõe como as empresas farmacêuticas com fins lucrativos contribuíram para um sistema em que vasta somas de dinheiro corrompem as evidências médicas e ocultam riscos, perigos e a eficácia limitada de drogas psiquiátricas. Somos bombardeados diariamente com mensagens na mídia exaltando os benefícios desses medicamentos. Mas a realidade não é assim tão romântica. Medicando o Normal compartilha a história não contada de um número significativo de pessoas gravemente prejudicadas.

HISTÓRIA DA PRODUÇÃO

Uma entrevista com as diretoras Lynn Cunningham e Wendy Ractliffe

P: O que as inspirou a fazer este filme?

Lynn: Por motivo pessoal. Tenho um membro da família – graduada em Harvard e atleta famosa, que foi diagnosticada com doença mental há muitos anos. Ela foi aos melhores psiquiatras. Seu tratamento subsequente resultou em um fluxo constante de médicos dando diferentes diagnósticos e um regime cada vez maior de medicamentos. Agora, 25 anos depois, ela ainda está medicada e luta contra efeitos colaterais desafiadores. Sua experiência me levou a questionar se esses remédios poderosos estão realmente ajudando ou se há outra maneira melhor. Então, comecei a pesquisar.

Wendy: E então nos deparamos com este livro de Bob Whitaker, Anatomia de uma Epidemia, no qual ele fala sobre este mistério médico: agora temos mais e mais pessoas sendo tratadas para doenças mentais e mais e mais drogas sendo prescritas. Se fossem doenças físicas, você pensaria que a taxa de doenças deveria estar diminuindo, porque mais pessoas estão recebendo tratamento. Em vez disso, há cada vez mais pessoas com incapacidades devido a doenças mentais. Ele começou a suspeitar que esse aumento nas doenças mentais era causado pelas mesmas drogas que deveriam ajudar as pessoas. Em particular, Bob analisou pesquisas de longo prazo que comparam pacientes tratados e não tratados. Os pacientes não tratados melhoram.

Lynn: Quanto mais pesquisas fazíamos, mais percebíamos que a história de um membro da minha família não era única; a mesma coisa estava acontecendo com milhares e milhares de pessoas; os medicamentos prescritos as estavam deixando mais doentes. Ouvimos, e continuamos a ouvir, de muitas pessoas que começaram bem normais e acabaram perdendo suas casas, seus empregos, suas famílias – tantas vidas destruídas. Percebemos que essa é uma grande história que deveria ser contada.

Wendy: Depois de falar com literalmente centenas de pessoas, percebemos que há um padrão para todas essas histórias e algo que está realmente errado com todo o sistema de assistência. Por exemplo, quando você vai a um médico com uma doença física, você pega uma receita específica, se você tem uma infecção, você toma um antibiótico e com sorte está curado. Com essas drogas psiquiátricas, muitas pessoas acabam em coquetéis. Elas começam com Prozac e se isso não funcionar os médicos aumentam a dose ou mudam para Zoloft. Quando você atinge a dose mais alta permitida, eles adicionam outro medicamento. Se você está se sentindo nervoso com tudo isso, você receberá uma pílula para relaxar, um benzo como o Xanax. Você também pode usar um estabilizador de humor para se acalmar, mas se estiver tonto, pode obter uma receita de Adderall. Esse processo nunca para, as pessoas parecem nunca melhorar e os médicos continuam adicionando ou alterando o coquetel de drogas quase ao acaso. Essas drogas são psicotrópicas, não pílulas de vitaminas, e devem ser prescritas com cautela. Abrimos nosso filme com a esposa de Dave, Bri, que nos mostra uma mala inteira com os diferentes medicamentos que lhe foram prescritos, e ainda assim ele ficava cada vez pior. É uma história que ouvimos inúmeras vezes.

P: Por que vocês escolheram o título, Medicando o Normal?

Lynn: Queríamos que nossos espectadores entendessem que este não é um filme sobre doenças mentais graves, como esquizofrenia ou doença bipolar.

Wendy: De certa forma, nosso título, Medicando o Normal encapsula toda a ideia de como nossa sociedade medicalizou o que antes era considerado parte da gama normal de experiências emocionais humanas. Seu namorado termina com você e você fica arrasada. Você tem um trabalho estressante e se sente sobrecarregado. Mas hoje em dia você vai ao médico reclamando dessas emoções fortes, desagradáveis, porém normais e, bum, sai com uma receita. Esquecemos que essas emoções são normais e que talvez as pessoas só precisem de tempo para se curar naturalmente.

P: Que coisas novas vocês aprenderam durante a produção deste filme?

Lynn: Que essas drogas são fisiologicamente viciantes. É uma realidade da qual muitos médicos não estão cientes. Uma vez que você está tomando esses antidepressivos ou ansiolíticos comumente prescritos, é extremamente difícil para algumas pessoas abandoná-los. Eles são tão viciantes quimicamente quanto opioides e narcóticos o são.

Wendy: Nós ouvimos uma história horrenda após a outra de pessoas tentando diminuir essas drogas e sofrendo alucinações, psicose ou pensamentos suicidas durante a abstinência – pessoas que nunca tiveram nenhum desses sintomas antes. E quando elas reclamam com seus médicos, muitas delas ouvem: “Não, não, isso não é possível” ou “É sua culpa” ou “Não é abstinência, é a doença subjacente que você está enfrentando”. Elas não recebem suporte de seus médicos ou apenas recebem uma receita de algum outro medicamento. Parte do problema é que o assunto da retirada não é ensinado nas escolas de medicina. Pode-se levar anos diminuindo lentamente algumas dessas drogas e não posso dizer quantas vezes ouvimos falar de pessoas cujos médicos fizeram uma retirada abrupta de drogas benzodiazepínicas como o Xanax. A interrupção repentina dessas drogas pode ser fatal.

Lynn: Eles aprendem na escola de medicina que todos esses sintomas insuportáveis não são resultado de abstinência, mas sim devido a novos transtornos mentais ou agravamento. No entanto, há pesquisas médicas significativas que sugerem que muitas pessoas experimentarão graves sintomas de abstinência ao abandonar as drogas psiquiátricas, especialmente se as drogas foram tomadas por mais de alguns meses.

Wendy: Muitos desses medicamentos são extremamente eficazes em curto prazo. No entanto, o que é minimizado é que eles deixam de funcionar a longo prazo. A outra coisa que vimos é toda a corrupção do sistema.

Grandes empresas farmacêuticas estão comercializando esses medicamentos e querem vender mais. São elas que financiam as pesquisas de novas drogas psiquiátricas e escondem as consequências desastrosas de se consumir essas drogas a longo prazo. Elas também financiam escolas de medicina e influenciam os currículos, e então pagam aos melhores médicos para escrever artigos promovendo esses medicamentos. Seu dinheiro também tem corrompido legisladores e reguladores.

P: Fale sobre algumas das reações das pessoas ao ver este filme.

Lynn: Nas prévias exibições, muitas pessoas ficaram muito chateadas e elas nos têm dito: “sim, isso aconteceu comigo”. Muitas estão muito gratas por sua história finalmente estar sendo contada. Ninguém – nem seus médicos, nem suas famílias – acreditou nelas quando elas insistiram que eram seus medicamentos que as estavam deixando doentes. Assistindo a esse filme, elas sentem que, finalmente, alguém está contando sua história.

Wendy: Depois de uma exibição, um homem veio até mim e disse: “Sou médico de família. Eu prescrevo esses medicamentos o tempo todo e não tenho ideia da extensão desses efeitos colaterais”.

Lynn: Temos visto alguma resistência da profissão. Um psiquiatra admitiu que o filme o deixou muito na defensiva, mas também disse que o achou útil, dizendo: “As drogas podem ser úteis, mas nós, como profissionais, precisamos dar um passo atrás e entender que há verdade na afirmação de que temos prejudicado alguns de nossos pacientes. ”

Wendy: Não nos importamos com a resistência, embora isso nos faça sentir um pouco na defensiva também, mas temos que nos lembrar que nosso objetivo desde o início foi aumentar a conscientização e iniciar uma conversa.

Equipe:

  • LYNN CUNNINGHAM, Diretora / Produtora, Produtora Executiva

Lynn começou sua carreira de cineasta editando filmes no final dos anos 1980 e 1990 para a PBS, Middlemarch Films, Michael Blackwood e o History Channel. Créditos de edição incluem: Walter Reuther e o Sindicato dos Trabalhadores de Automóveis, um documentário de uma hora para American Experience, Behind the Scenes, uma série infantil sobre as artes para a PBS, bem como Butoh: Body on the Edge of Crisis, Tadao Ando e Mel Bochner: pensamento tornado visível. No final da década de 1990, como bolsista Asahi Shimbun, Lynn dirigiu e produziu A Quiet Revolution: The Emergence of Alternative Education in Japan sobre o movimento japonês ‘School Refusal’ que ganhou o prêmio Japan Times de 1997 por filmes e vídeos sobre o Japão. Lynn é bacharel em Arquitetura pela Yale University em 1983.

  • WENDY RACTLIFFE, Diretora / Produtora, Produtora Executiva

Medicando o Normal é o primeiro filme que Wendy dirigiu e produziu. Tornou-se cineasta com o objetivo de aumentar a conscientização sobre problemas sociais que são ignorados ou inadequadamente cobertos pela grande mídia. Foi produtora associada do documentário Beyond Measure de Vicki Abeles. Profissões anteriores incluem analista de ações, mãe que fica em casa e professora em uma escola internacional Waldorf na França. Ela está ligada à agricultura orgânica e à criação de comunidades sustentáveis há duas décadas.

  • MUFFIE MEYER, Produtora

Muffie foi uma dos diretores (com os irmãos Maysles e Ellen Hovde) do documentário icônico Gray Gardens. Ela e Ellen também produziram e dirigiram a premiada série Peabody, Liberty! A Revolução Americana e a série ganhadora do Emmy Nacional, Benjamin Franklin e muitos outros. Seus filmes foram distribuídos nacional e internacionalmente em cinemas, na televisão e nos mercados de vídeo doméstico e educacional, pelos quais ela ganhou vários outros prêmios: Emmys, Cine Gold Eagles, o Japan Prize, Christopher Awards, o Freddy Award, o Prêmio Columbia-DuPont de Excelência em Jornalismo de Radiodifusão. Seu trabalho foi selecionado para festivais no Japão, Grécia, Londres, Edimburgo, Cannes, Toronto, Chicago e Nova York. Ela foi homenageada duas vezes pelo Directors Guild of America.

  • DAVID DAWKINS, Editor

David Dawkins começou sua carreira cinematográfica na Pennebaker Associates filmando e editando os seguintes filmes: The War Room (indicado ao Oscar), Delorean, Jimi Plays Monterey, Otis at Monterey, Woodstock Journals, Depeche Mode 101, Dance Black America e Rockaby. Ele fez parte da equipe que filmou o documentário vencedor do Oscar I Am A Promise e do filme Doing Time: Life Inside the Big House (indicado ao Oscar), ambos dirigidos por Alan Raymond. Ele editou duas premiadas séries de documentários para a ABC News, Johns Hopkins 24/7 e NYPD 24/7. Outros créditos incluem Power Struggle (produtor / editor), um documentário que traça o perfil de comunidades na África, Mongólia  e nos EUA em seus esforços para instalar fontes de energia renováveis; The Wedding Contract (diretor / editor), que é uma narrativa pessoal ambientada na Indonésia, produzida por D.A. Pennebaker e Chris Hegedus; e Hate Rising (editor), uma co-produção da HBO e da Univision, dirigida por Catherine Tambini.

  • JOAN CHURCHILL, Diretora de Fotografia e cineasta.

Joan Churchill se dedica a fazer filmes experimentais. Churchill começou sua carreira rodando uma série de filmes musicais, incluindo Gimme Shelter, No Nukes e Jimi Plays Berkeley, que ela dirigiu. Seus créditos incluem An American Family, o estudo-verdade definitivo de uma família disfuncional e Punishment Park e Pumping Iron, apresentando ao mundo um desconhecido Arnold Schwarzenegger. Em colaboração com Nick Broomfield, Churchill fez 10 filmes, incluindo Soldier Girls, Lily Tomlin, Aileen: Life & Death of a Serial Killer, Kurt & Courtney, Biggie & Tupac e Sarah Palin: You Betcha !. Mais recentemente, ela criou com Alan Barker duas séries de TV verité́, produzindo e filmando The Residents e American High. Seus créditos recentes incluem Last Days in Vietnam, Citizen Koch, Inventing David Geffen para American Masters e Bedlam sobre os horrores de nosso sistema de saúde mental falido. Churchill é a primeira diretora de fotografia de documentário puro verité a ser aceito na American Society of Cinematographers. Seus elogios incluem o BAFTA (British Academy Award), DuPont Columbia Award, Prix Italia, Prêmio da International Documentary Association para Melhor Cinematografia; Realização Notável da CamerImage; Prêmios dos festivais Sundance, Chicago, Tribeca e IDFA; Prêmio Doen da Anistia Internacional e Prêmio Visão da Mulher no Filme, entre outros.

  • ALAN BARKER, Location Sound

Alan Barker começou a trabalhar no cinema como cinegrafista de jornal aos 17 anos. Fundou e dirigiu o grupo de teatro improvisado Raw Material no início dos anos 80. Durante a maior parte dos anos 80, ele trabalhou como freelancer como câmera de documentário e pessoa de som para emissoras britânicas, holandesas, japonesas e outras emissoras estrangeiras. Ele trabalhou extensivamente na África, Ásia e América do Sul. No final dos anos 80, ele se associou a Joan Churchill, especializado em produção de cinema verité. Ele trabalhou extensivamente em comerciais durante esse período. Ele continua a trabalhar em documentários, agora tendo trabalhado em mais de 350 produções no estilo documentário. Alan foi professor adjunto no Art Center College e agora dá palestras sobre tópicos relacionados a documentários. Ele e Joan Churchill conduzem workshops sobre teoria e técnica Verité. Alan e Joan estão casados desde 2004.

  • Nathan Halpern, Compositor

Nathan Halpern é um compositor indicado ao Emmy, nomeado um dos “Compositors to Watch” de Indiewire.  Ele é o compositor por trás de dois dos filmes mais aclamados de 2018: o longa-metragem narrativo vencedor de Cannes, The Rider (Sony Pictures Classics) e o Oscar- documentário  Minding The Gap (HULU). Os filmes receberam o prêmio de Melhor Filme e Melhor Documentário, respectivamente, do Prêmio da Sociedade Nacional de Críticos de Cinema e figuraram na lista de Barack Obama dos melhores filmes de 2018. Outros créditos incluem Swallow, Goldie, One Child Nation, One And Two, Rich Hill, Marina Abramovic: The Artist Is Present (HBO Films); e Hooligan Sparrow e The Witness. Indicado para o Emmys 2018: What Haunts Us (STARZ); The Witness; Joan Didion: The Center will not Hold (NETFLIX); e Abortion: Stories women tell (HBO FILMS.) Ele foi recentemente nomeado para o Prêmio Hollywood Music in Media de Melhor Canção Original por “Calling to Me” de One Percent More Humid (Sony Pictures), estrelado por Juno Temple e Julia Garner.

Experts Consultados

  • Peter Gotzsche

M.D., médico dinamarquês e pesquisador médico. O Dr. Gotzsche foi cofundador da Cochrane Collaboration, considerada a mais proeminente organização de pesquisa médica independente do mundo. Em 2010, Gøtzsche foi nomeado Professor de Design e Análise de Pesquisa Clínica na Universidade de Copenhagen. Gotzsche publicou mais de 70 artigos nas “cinco grandes” revistas médicas (JAMA, Lancet, New England Journal of Medicine, British Medical Journal e Annals of Internal Medicine). Gotzsche é autor de quatro livros sobre questões médicas. Após muitos anos sendo um crítico declarado da corrupção da ciência pelas empresas farmacêuticas, a participação de Gotzsche no conselho administrativo da Cochrane foi encerrada por seu Conselho de Curadores em setembro de 2018. Metade do conselho renunciou em protesto.

  • David Cohen

PhD., Pesquisador e professor da Universidade da Califórnia em Los Angeles. Professor e Reitor Associado de Pesquisa e Desenvolvimento na Luskin School of Social Work, University of California Los Angeles (UCLA), a pesquisa de David Cohen analisa drogas psicoativas (prescritas, lícitas e ilícitas) e seus efeitos desejáveis ​​e indesejáveis ​​como fenômenos socioculturais “construídos” por meio de linguagem, política, atitudes e interações sociais. Ele conduziu pesquisas sobre os efeitos colaterais dos medicamentos psiquiátricos e sobre a abstinência. Instituições públicas e privadas nos EUA, Canadá e França o financiaram para conduzir estudos clínico neuropsicológicos, investigações qualitativas e levantamentos epidemiológicos de pacientes, profissionais e da população em geral. Ele é autor ou coautor de mais de 100 capítulos de livros e artigos. Livros recentes em coautoria incluem Your Drug May be Your Problem (1999/2007), Critical New Perspectives on ADHD (2006) e Mad Science (2013). Ele ocupou a cadeira Fulbright-Tocqueville na França em 2012. David recebeu prêmios por suas publicações, pesquisas, ensino, orientação e defesa de direitos humanos.

  • Kelly Brogan

M.D., psiquiatra americana Kelly Brogan, M.D. é uma psiquiatra holística da saúde feminina, autora do livro mais vendido do NY Times, A Mind of Your Own e, mais recentemente, Own Your Self. Ela foi coeditora do livro de referência, Integrative Therapies for Depression. Ela completou seu treinamento psiquiátrico e bolsa de estudos no NYU Medical Center depois de se formar na Cornell University Medical College e se formou em B.S. do Massachusetts Institute of Technology in Systems Neuroscience. Ela é certificada em psiquiatria, medicina psicossomática e medicina holística integrativa, e é especializada em uma abordagem de resolução de causa raiz para síndromes e sintomas psiquiátricos. Ela publicou vários artigos em revistas médicas respeitadas, incluindo JAMA.

  • Allen Frances

M.D., psiquiatra e acadêmico americano. Allen J. Frances passou seu início de carreira no Cornell University Medical College, onde chegou ao posto de professor. Em 1991, ele se tornou presidente do Departamento de Psiquiatria da Duke University School of Medicine. Frances foi o editor-fundador de duas revistas médicas conhecidas: The Journal of Personality Disorders e o Journal of Psychiatric Practice. Frances presidiu a força-tarefa que produziu a quarta revisão do Manual de Diagnóstico e Estatística (DSM-IV) e tornou-se crítico em relação à versão atual, DSM-5. Em seu livro Salvando o Normal, ele adverte que a expansão dos limites da psiquiatria está transformando o sofrimento humano comum em transtornos mentais. Ele também denuncia a influência da indústria farmacêutica na formação da prática médica e no incentivo à prescrição excessiva de medicamentos psiquiátricos para aumentar os lucros. Dr. Frances bloga para o Huffington Post.

  • Anna Lembke 

M.D., Professora,em Psiquiatria e Ciências do Comportamento, Stanford University Medical School. A Dra. Anna Lembke recebeu seu diploma de graduação em Humanidades pela Yale University e seu diploma de medicina pela Stanford University. Atualmente é Professora Associada e Diretora Médica de Medicina do Vício da Escola de Medicina da Universidade de Stanford. Ela também é diretora de programa da Stanford Addiction Medicine Fellowship e chefe da Stanford Addiction Medicine Dual Diagnosis Clinic. Ela é diplomata do American Board of Psychiatry and Neurology e também do American Board of Addiction Medicine. Ela publicou vários artigos revisados ​​por pares, capítulos e comentários, incluindo no New England Journal of Medicine, no Journal of the American Medical Association, no Journal of General Internal Medicine e Addiction. Ela é a autora de um livro best-seller sobre a epidemia de medicamentos prescritos: “Drug Dealer, MD: How Doctors Were Duped, Patients Got Hooked, and Why is so hard to stop” (Johns Hopkins University Press, outubro de 2016). Dra. Lembke atende pacientes, ensina e faz pesquisas. Ela adota uma abordagem holística de redução de danos para cada paciente e incentiva terapias espirituais e alternativas no processo de cura.

  • Robert Whitaker

Jornalista e autor. Robert Whitaker foi jornalista do Albany Times Union e diretor de publicações da Harvard Medical School. Uma série de artigos do Boston Globe de 1998 que ele coescreveu sobre pesquisa psiquiátrica foi finalista do Prêmio Pulitzer de Serviço Público de 1999. Em 1994, ele co-fundou uma editora, CenterWatch, que cobria a indústria de ensaios clínicos farmacêuticos. Ele escreveu dois livros sobre a história da psiquiatria, Mad in America e Anatomia de uma Epidemia, este último vencedor do prêmio IRE 2010 de melhor jornalismo investigativo, e publicado pela Editora FIOCRUZ. Como membro do Laboratório Edmond J. Safra sobre Corrupção Institucional da Universidade de Harvard, ele escreveu Psychiagtry under Influence com Lisa Cosgrove, professora da Universidade de Massachusetts. Whitaker é o fundador do www.Madinamerica.com e continua a escrever e falar sobre os problemas com drogas psiquiátricas e psiquiatria.

  • Kristian Rasmussen

Advogado, Cory Watson, Acionista e Principal, Co-Presidente da Prática de Litígio de Drogas e Dispositivos Médicos. Como co-presidente do grupo de litígios de responsabilidade civil em massa da empresa, sua prática é especializada em representar aqueles que foram prejudicados por drogas farmacêuticas perigosas ou dispositivos médicos defeituosos. Os juízes federais frequentemente selecionam Rasmussen para liderar vários casos complexos multiestaduais. Recentemente, o Sr. Rasmussen foi nomeado Advogado Principal para o Litígio de Responsabilidade de Produtos da In Re: Abilify (Aripiprazol), MDL No. 2734. Ele foi homenageado como um dos 100 melhores advogados de cortes de julgamento pelo American Trial Lawyers Association. Antes de ingressar na empresa, o Sr. Rasmussen serviu na Marinha dos Estados Unidos como Oficial JAG e trabalhou como Advogado Assistente Especial dos Estados Unidos em vários processos criminais. O Sr. Rasmussen formou-se em The Citadel, The Military College of South Carolina, Mississippi College of Law e The United States Naval War College.

  • Mary Vieten

PhD., Psicóloga. Comandante Vieten, uma psicóloga clínica formada, serviu na ativa de 1998 a 2008, com consultas no Naval Medical Center Portsmouth, Roosevelt Roads (Porto Rico) e Naval Air Station Patuxent River. Em 2014, ela foi chamada de volta ao serviço ativo e nomeada ao estado-maior do Chefe dos Capelães da Marinha, onde treinou mais de 1000 capelães militares em todo o mundo em resposta pastoral a traumas sexuais operacionais e militares. Dra. Vieten é a Diretora Executiva do Warfighter ADVANCE, que oferece programas intensos de treinamento, como o The ADVANCE 7-Day, para combatentes da ativa e veteranos com problemas de estresse operacional e reintegração. Sua prática civil, Soluções de Psicologia Operacional, atende clientes que são militares, paramilitares (por exemplo, polícia, EMS, empreiteiros), veteranos e civis que trabalham ou trabalharam em ambientes operacionais de alto risco. Ela encoraja ativamente seus clientes a buscarem a recuperação do trauma e a resiliência fora do modelo médico, e os educa proativamente sobre os perigos da psicofarmacologia. A Dra. Vieten é a Presidente do Conselho de Diretores da Sociedade Internacional de Psicologia Ética e Psiquiatria e do Conselho de Diretores da Operation Grateful Nation.

UMA BREVE LISTA DE LINKS PARA ARTIGOS RECENTES NA GRANDE MÍDIA:

O New York Times, o Guardian e o jornal Independent do Reino Unido fizeram reportagens investigativas sobre o problema da retirada de medicamentos antidepressivos;

Muitas pessoas que tomam antidepressivos descobrem que não podem desistir

Sintomas de abstinência de antidepressivos graves, diz novo relatório | Sociedade

Do Independent no Reino Unido, sobre a eficácia: 

Antidepressants are risky and ineffective – so why are we prescribing them to children?

Do The New Yorker, um longo artigo sobre a retirada das drogas psiquiátricas: Fr

The Challenge of Going Off Psychiatric Drugs

Do Stat, alguns artigos sobre os perigos dos benzodiazipínicos (ansiolíticos):

Benzodiazepines: our other prescription drug epidemic

Da CNN, Essa é a Vida com Lisa Ling, episódio de uma hora chamado “Benzos”, a respeito dos perigos com os benzodiazipínicos (Xanax, Ativan, Klonopin, Valium, etc):

This is Life with Lisa Ling

Do British Medical Journal, um dos periódicos científicos mais prestigiaos, publicou um artigo em 2015 com o título “Does long term use of psychiatric drugs cause more harm than good?” (Dr. Peter Gotzsche, o autor, aparece no filme).

Does long term use of psychiatric drugs cause more harm than good?