Manual de Psiquiatria Crítica, Capítulo 8: Depressão e Mania (Transtornos Afetivos) (Parte oito)

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Texto originalmente publicado no Mad in America , traduzido para o português por Letícia Paladino e revisado por Camila Motta.

Nota do editor: Nos próximos meses, a Mad in Brasil publicará uma versão serializada do livro de Peter Gøtzsche, Manual de Psiquiatria Crítica. Neste blog, ele continua a detalhar a ignorância e a negação sobre o aumento das mortes por suicídio causadas pelas pílulas para depressão. A cada quinze dias, uma nova seção do livro será publicada e todos os capítulos estão arquivados aqui

A questão do suicídio em relação as pílulas para depressão tem sido um dos temas mais acaloradamente debatidos na psiquiatria. Mas o debate deveria parar agora. Pesquisadores têm demonstrado repetidamente que as pílulas para depressão dobram os suicídios tanto em crianças quanto em adultos, e são até apoiados por reguladores de medicamentos relutantes nesse aspecto|7|.

É muito ameaçador para a comunidade psiquiátrica que as pílulas para depressão mais utilizadas na psiquiatria aumentem suicídios e violência, e os manuais didáticos refletem isso. Infelizmente, a negação organizada continua. Eles foram altamente pouco confiáveis quanto ao risco de suicídio, que minimizaram ou negaram, de tal forma, que as recomendações se tornaram claramente perigosas.

 

Um manual didático observou que há um aumento do risco de pensamentos e comportamentos suicidas até os 25 anos de idade|16:584|, o que foi afirmado pela FDA em 2004, mas muitas revisões publicadas posteriormente mostraram que não há limite de idade. Dois manuais que se referiram a esse grupo etário jovem deixaram de alertar que qualquer mudança na dose, incluindo uma redução, aumenta o risco de suicídio|16:538|,  |19:215|.

Um terceiro manual mencionou como efeitos adversos sintomas gastrointestinais, sudorese, dor de cabeça, insônia, sedação, ganho de peso, disfunção sexual, síndrome serotoninérgica e inquietação interior|17:659|. Observou-se que, em alguns casos, especialmente ao tratar crianças e jovens, a acatisia pode ser observada no início do tratamento, o que pode ser extremamente desconfortável, e que, possivelmente, a acatisia pode até mesmo dar origem a pensamentos ou ações suicidas, sendo, portanto, muito importante acompanhar de perto os pacientes no início do tratamento.

Existem vários erros nesta recomendação. A acatisia não é “particularmente” observada em crianças; não é “possível” que a acatisia possa causar suicídio, é certo; e os pacientes não devem ser acompanhados de perto apenas no início do tratamento, mas também posteriormente, especialmente em momentos de mudanças na dose. Na verdade, a cada minuto em que estão sob o efeito da droga, já que o suicídio pode ocorrer repentinamente. É uma solução falsa.

O nível de ignorância e negação sobre um dos problemas mais importantes na psiquiatria é impressionante e mortal. Um manual didático mencionou que há um debate considerável sobre o risco de suicídio e que programas de conscientização sobre suicídio na Suécia e na Alemanha educaram médicos, aumentaram o uso de comprimidos para depressão e diminuíram os suicídios|16:538|.

Esse é o truque questionável e na sua pior versão. As melhores evidências que temos mostram que as pílulas dobram os suicídios, mas os psiquiatras utilizaram evidências defeituosas baseadas em estudos “antes e depois”, sem grupo de controle, que lhes dizem o que querem ouvir.

Um manual didático observou que ensaios randomizados mostraram que as pílulas para depressão tendem a aumentar o risco de suicídio, especialmente em grupos etários jovens, no início do tratamento|18:132|.

Mais uma vez: Não é uma tendência, é um fato, e não é apenas no início do tratamento.

Posteriormente, este livro afirmou que é altamente discutido se os ISRSs podem aumentar os pensamentos suicidas no início do tratamento, mesmo que tenha reconhecido que grandes metanálises de ensaios randomizados “sugerem” que pensamentos e atos suicidas podem ocorrer|18:238|.Todos os autores deste manual são psiquiatras. Eles contestam fatos inequívocos para proteger seus interesses corporativos, e dizer “sugerir” é desonesto. Quando ensaios controlados por placebo provam algo, contra todas as probabilidades, pois ninguém está interessado em descobrir que os comprimidos aumentam os suicídios, não é uma sugestão, é um fato. Além disso, não é apenas no início do tratamento; pode ocorrer a qualquer momento (veja o aviso da FDA acima)|7,371|.

Este manual didático explicou que a inibição psicomotora muitas vezes diminui antes do humor melhorar, o que dá a energia necessária para realizar qualquer ideação suicida|18:132|. Isso também foi afirmado em outro manual, que descreveu um aumento do risco de suicídio apenas no início do tratamento|19:294|. Nunca foi documentado que os comprimidos aumentam o risco de suicídio porque removem qualquer inibição psicomotora. Isso faz parte do folclore psiquiátrico e uma maneira inteligente de transformar um dano da droga em algo que parece positivo: Veja, é porque os medicamentos são tão bons, não é?

Um terceiro manual didático também estava perigosamente equivocado. Mencionou que a depressão não tratada, pode ser prejudicial e causar suicidabilidade, e recomendou os ISRSs|17:668|. Em um capítulo de 20 páginas sobre prevenção de suicídios, um psiquiatra e um psicólogo afirmaram que os ISRSs parecem reduzir a extensão dos pensamentos suicidas|17:811|. Eles não forneceram nenhuma referência para esta declaração flagrantemente falsa e, na próxima frase, contradisseram-se ao adicionar que não foi demonstrado que as pílulas para depressão ou medicamentos “estabilizadores de humor” têm um efeito na extensão do comportamento suicida ou suicídio.

É uma falsa dicotomia distinguir entre pensamentos suicidas ou comportamento e suicídio. Mas o absurdo é abundante na literatura porque a indústria farmacêutica e os psiquiatras têm interesse em ignorar os suicídios que as drogas causam.

O diretor de pesquisa da Lundbeck, Anders Gersel Pedersen, argumentou uma vez, em resposta às minhas críticas à Lundbeck|386| que nunca foi demonstrada uma relação clara entre comportamento suicida, tentativas de suicídio e suicídio|7:95,387|. Mas um suicídio começa com um pensamento sobre suicídio, que leva a preparativos para o suicídio, uma tentativa de suicídio e suicídio. Evidentemente, os fatores de risco para tentativas graves de suicídio são muito semelhantes aos do suicídio|388,389| e os ensaios controlados por placebo mostraram um aumento nos pensamentos suicidas, comportamento suicida e suicídios|7,381-385|. O fato de nem todas as metanálises terem mostrado um aumento significativo em suicídios é apenas porque a indústria farmacêutica os escondeu. Não devemos recompensar a indústria por cometer fraudes que são letais para nossos pacientes, mas isso é o que a psiquiatria convencional tem feito há décadas.

Está errado quando os “especialistas em suicídio” afirmaram neste manual didático que não foi demonstrado um efeito das pílulas para depressão ou drogas estabilizadoras de humor no comportamento suicida ou suicídio|17:811|. Certamente é um efeito, embora prejudicial, que tanto as pílulas para depressão|7,381-385| quanto os antiepilépticos|390| dobram o risco de suicídio.

Um manual didático observou que o metabolito de serotonina 5-hidroxiindolacetico está diminuído em pessoas que tiveram várias tentativas de suicídio ou que morreram por métodos violentos|16:537|. Se isso fosse correto, esperaríamos que os ISRSs diminuíssem o risco de suicídio, já que eles aumentam a serotonina, mas eles fazem o oposto. As pseudoexplicações bioquímicas para fenômenos psiquiátricos não se encaixam.

Os principais psiquiatras não abandonam suas ideias erradas e perigosas. Professores líderes de psiquiatria e porta-vozes de médicos ainda afirmam que as pílulas para depressão protegem até mesmo crianças e adolescentes contra o suicídio|7,159|, e os sites também são enganosos. Nossa revisão de 2018 mostrou que 25 (64%) dos 39 sites populares de 10 países afirmavam que as pílulas para depressão podem causar ideação suicida, mas 23 (92%) deles continham informações incorretas e às vezes perigosas|90|. Apenas dois (5%) sites observaram que o risco de suicídio aumenta em pessoas de todas as idades.

Um manual didático observou que, na maioria dos países ocidentais, a taxa de suicídio diminuiu consideravelmente enquanto o consumo de comprimidos para depressão aumentou|18:131|. Este é um dos truques questionáveis mais horríveis da psiquiatria. Há uma abundância de tais estudos, todos de baixa qualidade e, alguns, fraudulentos. Discuto esses estudos ao longo de seis páginas em outro livro|7:96| que resumirei brevemente aqui.

Em um programa de rádio de 2011, Ulf Wiinberg, CEO da Lundbeck, que vende vários comprimidos para depressão, afirmou que os ISRSs reduzem os suicídios em crianças e adolescentes. Quando o repórter atordoado perguntou por que os folhetos de informação alertavam contra tentativas de suicídio, também para os medicamentos da Lundbeck, ele respondeu que esperava que fossem alterados pelas autoridades!

A entrevista de rádio ocorreu enquanto o parceiro dos EUA da Lundbeck, a Forest Laboratories, estava negociando compensações com 54 famílias cujos filhos haviam cometido ou tentado suicídio sob a influência dos comprimidos para depressão da Lundbeck.

Já naquela época, apenas quatro anos depois de iniciar minhas explorações na psiquiatria, eu tinha visto e ouvido uma quantidade avassaladora de bobagens sobre drogas psiquiátricas, mas isso foi tão exagerado que publiquei uma carta aberta à Lundbeck sobre o programa de rádio em um site científico|386| No dia seguinte, Anders Gersel Pedersen respondeu|387|, citando vários estudos tão profundamente falhos que não conseguia entender como um diretor de pesquisa poderia desinformar tanto.

Um exemplo foi um artigo de 2007 de Robert Gibbons que relatou um aumento nas taxas de suicídio após a FDA e a EMA em 2003 e 2004 terem alertado contra o uso de pílulas para depressão em jovens|391|. Críticos rapidamente apontaram a ciência desonesta que Gibbons empregou para construir seu argumento|392|. Ele não usou os mesmos anos civis para as prescrições de ISRSs como para os suicídios, e o fato era que o número de suicídios para pessoas abaixo de 24 anos de idade teve uma queda quando a prescrição de ISRSs para jovens diminuiu.

Este não é o tipo de erro que um cientista comete por acidente. Parece ser uma tentativa deliberada de contar uma história que se encaixe em um objetivo preconcebido|392|. Nos Países Baixos, para o qual Pedersen também se referiu, os acadêmicos ficaram indignados com Gibbons e suas artimanhas estatísticas (Gibbons é um estatístico, o que é difícil de acreditar), e eles observaram que o aumento nos suicídios nos Países Baixos foi tão pequeno que não era estatisticamente significativo. Eles acharam as conclusões de Gibbons surpreendentes e enganosas e afirmaram que ele e seus coautores foram imprudentes ao publicar tais afirmações|392|.

Gibbons publicou pelo menos dez artigos contando histórias falsas|7:96|. A Suécia tem sua própria versão de Gibbons, Göran Isacsson, que também publicou estudo após estudo que são totalmente enganosos|7:97|. Como Gibbons, ele concluiu o oposto do que seus dados mostram.

Os chamados especialistas em prevenção de suicídio não são melhores do que Gibbons e Isacsson. Eles são altamente tendenciosos em relação ao uso de drogas psiquiátricas e selecionam os estudos que citam, apesar de chamarem suas revisões de sistemáticas|393|. Estratégias de prevenção de suicídios sempre parecem incorporar o uso de comprimidos para depressão|393|, mesmo que eles aumentem os suicídios, o que também aconteceu em um programa de prevenção de suicídios para veteranos de guerra dos EUA|394|.

Um manual didático listou 10 fatores de risco para suicídio e comentou sobre suicídios durante e após a hospitalização|18:131| mas não mencionou a contribuição própria da especialidade para o risco de suicídio, que é aumentado em 44 vezes para pacientes internados em uma ala psiquiátrica|247|.

Outro livro era contraditório e deixou de fora informações importantes|16:538|. Ele afirmava que “apenas alguns” ensaios randomizados haviam sido realizados de intervenções psicossociais e psicoterapêuticas para prevenir suicídios e tentativas de suicídio em grupos de risco. Mas na próxima página, afirmava que “vários” ensaios haviam sido realizados em pacientes com uma tentativa de suicídio anterior para encontrar tratamentos que reduzissem o risco e que vários desses estudos haviam mostrado um efeito do tratamento de proximidade, possivelmente com visitas domiciliares, e da terapia cognitivo-comportamental e terapia comportamental dialética, especificamente para pacientes borderline.

Os autores se referiram apenas a um estudo em sua lista de literatura|395|, que não era um ensaio randomizado, mas um estudo observacional. Talvez isso tenha influenciado para que 10 dos 12 autores deste estudo fossem dinamarqueses. O estudo mostrou que pacientes que, após uma automutilação deliberada, receberam uma intervenção psicossocial em clínicas de prevenção de suicídios na Dinamarca tiveram um risco significativamente menor de automutilação, suicídio e morte por qualquer causa do que pacientes que não receberam tal intervenção. Os pesquisadores usaram um escore de propensão e 31 fatores de correspondência, mas nenhum ajuste estatístico pode corrigir o fato de que os pacientes que recusam a intervenção terão um prognóstico mais desfavorável do que outros pacientes (confusão por indicação).

É anti-científico afirmar que “vários” estudos mostraram isso e aquilo e citar um estudo falho em vez de ensaios randomizados. Fazemos revisões sistemáticas de ensaios randomizados para descobrir o que podemos concluir quando incluímos todos os estudos relevantes em nossas avaliações.

A automutilação nem sempre implica uma intenção suicida. Meu grupo de pesquisa, portanto, fez uma revisão da suicidabilidade em que nos concentramos na terapia cognitivo-comportamental porque a maioria dos ensaios usava esse método. Descobrimos que a psicoterapia reduz pela metade o risco de uma nova tentativa de suicídio em pessoas admitidas após uma tentativa de suicídio|272|.

Este é um resultado muito importante, e não se limita à terapia cognitivo-comportamental. A psicoterapia de regulação emocional e a terapia comportamental dialética também são eficazes para pessoas que se prejudicam|396|.

Temos a infeliz situação em que a psiquiatria convencional recomenda pílulas para depressão, até mesmo para crianças, para prevenir o suicídio, mesmo sabendo que esses comprimidos dobram o risco de suicídio, enquanto não ouvimos muito sobre o uso da psicoterapia para prevenir o suicídio, mesmo sabendo que ela reduz pela metade o risco de suicídio.

Isso é um sinal de uma especialidade em ruínas. Também é bizarro que quando um manual didático mencionou que o risco de suicídio é aumentado no início do tratamento com comprimidos para depressão, ele acrescentou que isso também é visto no início da psicoterapia|18:132|. Parece uma desculpa para usar comprimidos prejudiciais e postular que outras intervenções também aumentam o risco de suicídio. Não havia referência, mas o fato é claro: a psicoterapia diminui o risco de suicídio|272|.

Como 10% dos pacientes com transtornos afetivos cometem suicídio, e sua expectativa de vida é reduzida em cerca de 10 anos|17:373|, é muito importante que todos os psiquiatras sejam completamente educados em psicoterapia. Isso não é o caso atualmente. Muitos psiquiatras nem mesmo sabem como praticar psicoterapia e outros fizeram um curso curto. Eu fui ensinado obstetrícia na faculdade de medicina – um curso curto -, mas nunca me senti qualificado para fazer um parto.

Em 2015, organizei um encontro internacional sobre psiquiatria em Copenhague em relação ao lançamento do meu primeiro livro sobre psiquiatria. Cinco mulheres que perderam um filho, uma filha ou um marido por suicídio induzido por drogas psiquiátricas, quando não havia uma boa razão para prescrever um comprimido para depressão, decidiram vir por conta própria e contar suas histórias|7:79|. Meu programa estava cheio, mas organizei espaço para elas. Esta foi a parte mais emocionante de todo o dia. Houve um silêncio impressionante enquanto elas contavam suas histórias, que podem ser vistas no YouTube|397|.

Algo pode ser feito. O uso de pílulas para depressão em crianças e adolescentes aumentou 59% na Dinamarca de 2006 a 2010, mas nos seis anos seguintes, eu constantemente conscientizei clínicos e o público em geral na Dinamarca sobre o risco de suicídio dos comprimidos para depressão. Durante este período, o uso diminuiu 41% enquanto aumentou 40% na Noruega e 82% na Suécia|8:84,398|.

Em 2018-19, alertei os Conselhos de Saúde nos países nórdicos, Nova Zelândia, Austrália e Reino Unido para o fato de que duas intervenções simples, um lembrete da Agência de Saúde da Dinamarca para médicos de família e meus constantes avisos no rádio e TV, e em artigos, livros e palestras, haviam causado uma diminuição quase pela metade no uso de comprimidos para depressão em crianças na Dinamarca, de 2010 a 2016, enquanto aumentava em outros países nórdicos|399|.

Notei que este era um assunto sério e expliquei que “A consequência da negação coletiva e profissional é que tanto crianças quanto adultos cometem suicídio por causa dos comprimidos que tomam na falsa crença de que os ajudarão”|7:149|.

Instiguei os conselhos a agirem, mas não recebi respostas, respostas tardias ou respostas sem sentido que pareciam bobagem para mim, o que o filósofo Harry Frankfurt considera uma forma de mentira|400|. Recebi um relatório da Agência Sueca de Medicamentos que contradizia a bula do fluoxetina na Suécia, e alguns dos chamados especialistas que a agência usou tinham laços financeiros com fabricantes de comprimidos para depressão, o que eles não tinham declarado.

Em 2020, escrevi novamente para os conselhos, desta vez anexando um artigo que publiquei sobre a inação deles|399|. A Diretoria de Saúde da Islândia respondeu que havia perguntado aos psiquiatras responsáveis pela psiquiatria infantil e adolescente sua opinião nove meses antes, mas que eles não haviam respondido apesar de um lembrete. A desculpa deles foi que não tinham tempo. Eu respondi: “Eles deveriam sentir vergonha de si mesmos. Crianças se matam por causa dos comprimidos e eles não têm tempo para se importar com isso. Que tipo de pessoas são eles? Por que eles se tornaram psiquiatras? Que tragédia para as crianças que eles deveriam ajudar.”

Informei Robert Whitaker sobre isso. Ele respondeu que a inação da profissão médica em relação à prescrição de drogas psiquiátricas para crianças e adolescentes é uma forma de abuso e negligência infantil, e traição institucional.

Para ver a lista de todas as referências citadas, clique aqui.

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Mad in Brasil (Texto original do site Mad in America ) hospeda blogs de um grupo diversificado de escritores. Essas postagens são projetadas para servir como um fórum público para uma discussão – em termos gerais – da psiquiatria, saúde mental e seus tratamentos. As opiniões expressas são próprias dos escritores.