Nesta matéria publicada no Psychiatric Times, James Phelps escreveu sobre a falta de dados oficiais a respeito do número de pessoas que tentam se livrar dos antidepressivos e menciona o trabalho da organização de apoio de sobreviventes dos Antidepressivos.
“Um artigo recente no New York Times e outro na edição impressa atual do Psychiatric Times expressam preocupação com a síndrome de abstinência de antidepressivos. Esses artigos levantam a questão: quantas pessoas que começam a tomar um antidepressivo terão dificuldades graves quando tentam diminuir?
Dados indiretos sugerem que a resposta é “muitas”. Diversos ensaios clínicos em andamento irão gerar dados relevantes, mas que ainda não foram projetados especificamente para responder a essa questão crucial.
Para mais informações, podemos ver as comunidades on-line mencionadas no artigo do Psychiatric Times. Um dos mais avançados deles é o do survivingAntidepressants.org. Se os depoimentos puderem influenciar sua opinião sobre a potencial gravidade das dificuldades de retirada do antidepressivo, saiba que este site tem centenas ”.
Um novo estudo, publicado na Clinical Psychology Review, investiga os efeitos das Intervenções Baseadas no Mindfulness (MBI – Mindfulness-Based Interventions) nos transtornos psiquiátricos. Os resultados da primeira meta-análise abrangente do seu tipo encontraram evidências consistentes de que a ‘atenção plena’ (mindfullness) é eficaz para a depressão, condições de dor, tabagismo e transtornos de dependência em geral. Esta pesquisa apoia ainda uma compreensão contínua dos MBIs como um tratamento alternativo eficaz e viável.
“No nível mais básico, nossos resultados sugerem haver uma base empírica para terapias baseadas em mindfulness”, escrevem os pesquisadores, liderados por Simon B. Goldberg. “Os tratamentos de mindfulness mostraram, em geral, ser de potência similar às intervenções psicológicas (e psiquiátricas) de primeira linha quando comparados diretamente e superiores a outras condições de comparação ativa (bem como condições de controle na lista de espera), com relativamente pouca variação entre os distúrbios. “
Photo Credit: Flickr
Intervenções baseadas em mindfulness (MBI), como Mindfulness Based Stress Reeducation[i] (MBSR) e Mindfulness Based Cognitive Therapy[ii] (MBCT) são distinguidas no campo emergente do mindfulness com relação a outras práticas de mindfulness como Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT) e Terapia Comportamental Dialética (DBT). A distinção é feita pela ênfase da MBI em um foco sustentado pela prática de meditação da ‘atenção plena’ – um componente da prática em casa – e uma exigência de um professor experiente em ‘atenção plena’, entre outras características-chave.
A pesquisa da ‘atenção plena’ tomou grandes dimensões nas últimas décadas, ganhando relevância em vários campos acadêmicos a partir de sua virtual inexistência nos anos 80. A pesquisa permanece em sua infância 30 anos depois, enfrentando desafios como a dosagem necessária, a fidelidade da implementação e como a prática será transferida para atender às necessidades de vários ambientes e populações.
Como acontece com a maioria dos assuntos quando recém-desenvolvidos, a popularidade na comunidade superou a base de evidências para MBIs. Alguns Críticos levantaram questões importantes sobre a base de evidências que destacam o uso de condições de controle não-ativo em ensaios clínicos randomizados (ECRs). Outros enfatizaram que os estudos relataram seletivamente resultados positivos de MBIs, introduzindo viés e falsa eficácia no campo e criando uma base insegura para futuras pesquisas.
Na primeira metanálise abrangente de MBIs para examinar efeitos sobre sintomas específicos de transtornos em condições psiquiátricas, Goldberg e sua equipe revisaram 171 estudos envolvendo mais de 12.000 participantes entre 2000 e 2016. Os autores incluíram todos os ECRs de MBIs envolvendo populações adultas com transtornos psiquiátricos com diagnóstico formal.
“Embora outras meta-análises abrangentes tenham sugerido que intervenções baseadas em mindfulness podem ter impactos nos clínicos, e várias metanálises tenham examinado as evidências para condições psiquiátricas específicas, nenhuma revisão meta-analítica abrangente publicada examinou os efeitos sobre sintomas específicos de transtornos psiquiátricos.”
No pós-tratamento, a meta-análise de Goldberg e sua equipe descobriu que as MBIs têm efeitos superiores nos resultados para a ansiedade, depressão, dor física, esquizofrenia, e para distúrbios relacionados ao peso / alimentação e vícios. Os MBIs foram superiores aos grupos de comparação para depressão e dependência, e equivalentes para grupos de comparação de ansiedade, dor física e peso / transtornos relacionados à alimentação.
“A magnitude dos tamanhos de efeito detectados no estudo atual (por exemplo, d = 0,55 para mindfulness versus nenhuma condição de comparação de tratamento no pós-tratamento) sugere que as intervenções baseadas em mindfulness estão, em média, associadas a quedas moderadas nos sintomas psiquiátricos.”
“Com base em nossas descobertas, parece que a recomendação mais forte pode ser feita para tratamentos de mindfulness para depressão, com evidências que também apoiam o uso de mindfulness para tratamento de condições de dor, tabagismo e transtornos aditivos.”
O exame abrangente deste estudo de MBIs é um desenvolvimento importante no crescente campo da mindfulness. À medida que essa abordagem mente-corpo para a saúde mental e física se expande para atender a um número crescente de pessoas, estudos como esse fornecem integridade e estabilidade ao campo. A ‘atenção plena’ (mindfulness) fornece uma alternativa às abordagens biomédicas, que podem não ser as mais adequadas para todas as pessoas que sofrem de distúrbios psiquiátricos. Entender a eficácia das MBIs permite que o campo reconheça as direções futuras e forneça uma perspectiva encorajadora para os provedores de saúde mental e médica.
—-
Goldberg, S. B., Tucker, R. P., Greene, P. A., Davidson, R. J., Wampold, B. E., Kearney, D. J., & Simpson, T. L. (2017). Mindfulness-based interventions for psychiatric disorders: A systematic review and meta-analysis. Clinical psychology review. (Link)
Notas da redação do MIB:
[i]Mindfulness Based Stress Reeducation = Reeducação do Stress baseada no Mindfulness. Para ter uma visão geral, clique aqui.
[ii]Mindfulness Based Cognitive Therapy = Terapia Cognitiva baseada no Mindfulness. Para ter uma visão geral, clique aqui.
A watermelon is seen at the Kramat Jati central market in Jakarta March 4, 2011. REUTERS/Beawiharta (INDONESIA - Tags: FOOD) - GM1E7341C8301
Em The Atlantic: sobre estudos mostrando possíveis ligações entre dieta e depressão.
“Uma dieta pobre é um dos principais fatores de risco para morte precoce, responsável por uma em cada cinco mortes no mundo. Depressão, entretanto, é a principal causa de incapacidade em todo o mundo. Uma linha relativamente nova de pesquisa sugere que os dois podem estar relacionados: uma dieta pouco saudável pode nos deixar deprimidos, e a depressão, por sua vez, nos faz sentir ainda mais doentes.
Em um resumo divulgado recentemente, pesquisadores que estudaram 964 participantes idosos em seis anos e meio descobriram que aqueles que seguiram a dieta básica, que enfatiza grãos integrais, frutas e vegetais, tiveram taxas mais baixas de depressão, enquanto aqueles que comeram uma dieta ocidental tradicional foram mais propensos à depressão. Os participantes foram questionados com que freqüência eles comiam vários alimentos, e eles foram selecionados para depressão anualmente usando um questionário.”
Segundo os protocolos oficiais que orientam a clínica médica com antidepressivos: os sintomas que aparecem ao se interromper antidepressivos são sintomas da “depressão”, não são sintomas do “desmame”.
Uma entrevista clínica, diagnóstica, semi-estruturada, foi desenvolvida para identificar e diferenciar três tipos diferentes de síndromes de abstinência por ISRS (Inibidores Seletivos de Recaptação de Serotonina): novos sintomas, rebote e distúrbios persistentes pós-abstinência.
Recentemente, Fernando Freitas e Paulo Amarante, pesquisadores do Laboratório de Estudos e Pesquisas em Saúde Mental e Atenção Psicossocial da Escola Nacional de Saúde Publica Sergio Arouca (Laps/ENSP), passaram a integrar o corpo docente e de pesquisadores do Instituto Internacional para a Retirada das Drogas Psiquiátricas – o International Institute for Psychiatric Drugs Withdrawal (IIPDW).
Estão entre as metas do IIPDW: desenvolver pesquisa e conhecimento baseado na prática que facilitem a redução segura e a retirada das drogas psiquiátricas; contribuir com práticas baseadas em evidências para a redução e a retirada das drogas psiquiátricas, e facilitar a sua inclusão em protocolos dos manuais clínicos; dar suporte ao direito humano da escolha informada com respeito às drogas psiquiátricas; promover práticas para ajudar famílias, amigos e profissionais da saúde a dar suporte para a redução e a retirada seguras das drogas psiquiátricas, e levar em conta aspectos relacionais e sociais essenciais para esse processo.
I Simpósio da Frente Parlamentar em Saúde Mental e Prevenção ao Suicídio.
A Nova Política de Saúde Mental – Ampliação da RAPS.
24 de maio de 2018
Auditório do Ministério Público do Estado da Bahia.
5ª Avenida do CAB n° 750- Salvador, BA.
Este simpósio trará a oportunidade de conhecer e se instrumentalizar sobre as mudanças promovidas pelo Ministério da Saúde através do próprio Coordenador-Geral de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas, dr. Quirino Cordeiro. O evento também contará com a participação de representantes do Ministério Público Federal e Estadual da Bahia, Defensoria Pública da União, Frente Parlamentar em Defesa da Saúde e Comissão de Saúde da ALBA, Associação Psiquiátrica da América Latina, Associação Brasileira de Psiquiatria, Associação Psiquiátrica da Bahia e da Associação de Apoio aos Familiares, Amigos e Pessoas com Transtornos Mentais da Bahia, entre outros.
Gestores públicos que participarem conhecerão como implementar a nova política.
Quem trabalha com Saúde Mental e acredita em SUS de qualidade não pode perder.
Mais de 8.000 pessoas responderam ao recente artigo do New York Times sobre a retirada de antidepressivos. Aqui, o repórter Benedict Carey descreve as diferenças na forma como vários grupos etários responderam ao artigo e discutiram suas experiências de retirada.
“O volume e a diversidade das respostas pintaram um quadro diferente, mostrando como os antidepressivos modernos, começando com o Prozac em 1987, infiltraram-se em nossa cultura e moldaram a compreensão pública da saúde mental. Essas histórias traçaram importantes falhas demográficas bem definidas: leitores de diferentes gerações chegaram aos antidepressivos e tentaram abandoná-los, por diferentes razões. ”
A matéria publicada no The New York Times, e aqui postada, a respeito das enormes dificuldades para deixar de ser dependente químico dos antidepressivos, tem despertado um forte debate internacional.
A grande mídia nacional, no Brasil, monopolizada, não traz para o conhecimento público a polêmica hoje existente com relação ao tratamento psicofarmacológico. As drogas psiquiátricas tratam de fato os “transtornos mentais” assim diagnosticados pela Psiquiatria e a medicina em geral? Ou o tratamento psicofarmacológico é para a maioria dos seus usuários um “flagelo”?
Em particular: os antidepressivos.
Por que a maioria dos que passam a fazer uso de “antidepressivos” não consegue mais ficar livre dessas drogas? Quando seus usuários tentam parar de tomar essas drogas, os sintomas de abstinência são em geral terríveis. Os médicos aprenderam a dizer que tais sintomas são a prova da suposta “doença mental”. Muito dificilmente reconhecem que tais sintomas são sintomas de abstinência do tratamento por eles prescrito.
Os médicos sabem prescrever antidepressivos, mas não sabem como prescrever o processo da sua interrupção.
Há inúmeras evidências científicas que mostram que o uso de antidepressivos cria dependência química, e que os sintomas do seu “desmame” são em geral intoleráveis e que oferecem sérios riscos, entre eles suicídio ou atos de violência.
Os médicos desconhecem como retirar seus pacientes das drogas que eles prescreveram. E a indústria farmacêutica não oferece seus medicamentos psiquiátricos em doses variadas o suficiente para permitir que o “desmame” seja feito de forma segura e o menos sofrida quanto o possível.
Recomendamos esse debate. Os principais debatedores: Benedict Carey, jornalista de ciência do New York Times, autor da reportagem; Dra. Eliza Menninger, psiquiatra e diretora média do Behavioral Health Partial Hospital Program, em Massachusetts; Dr. Ronald Pies, psiquiatra, um dos mais conceituados psiquiatras do paradigma biomédico da Psiquiatria nos Estados Unidos, da University School of Medicine and Suny Upstate Medical Universit; e vários ouvintes do Programa que participam do debate.
Infelizmente está em Inglês. Essa problemática no Brasil ainda não ganhou expressão.
This week we interview Dr Irving Kirsch. Dr Kirsch is Associate Director of the Program in Placebo Studies and lecturer in medicine at the Harvard Medical School and Beth Israel Deaconess Medical Center. He is also Professor Emeritus of Psychology at the University of Plymouth and the University of Hull in the UK and University of Connecticut in the US. He has published 10 books and more than 250 scientific journal articles and book chapters on placebo effects, antidepressant medication, hypnosis, and suggestion. He originated the concept of response expectancy. His meta-analyses on the efficacy of antidepressants were covered extensively in the international media and influenced official guidelines for the treatment of depression in the United Kingdom. His 2009 book, The Emperor’s New Drugs: Exploding the Antidepressant Myth, was shortlisted for the prestigious Mind Book of the Year award and was the topic of 60 Minutes segment on CBS and a 5-page cover story in Newsweek.
In this interview, we discuss Dr Kirsch’s research into the placebo effect and the efficacy of drugs used for depression.
In this episode we discuss:
How, as an undergraduate student, Dr Kirsch became interested in behavioural therapy but that he doubted the rationale behind these approaches
That this led to an interest in beliefs that people had and research into the placebo effect
How, while working at the University of Connecticut, his research into the placebo led to an interest in the efficacy of antidepressant drugs when compared to placebo
How his work led to the surprising conclusion that, were antidepressant drugs where concerned, the placebo effect was so large that there was very little room for a meaningful drug effect
How this changed Dr Kirsch’s views on antidepressant drugs entirely, causing him to ask whether the risks were worth the small benefit for depressed patients
That a belief that a person has can affect their response to a drug either in a positive way (placebo) or in a negative way (nocebo)
Dr Kirsch found that there are many conditions that can show a profound placebo effect including depression, anxiety, irritable bowel syndrome, pain, Parkinson’s disease and asthma
That the placebo tends to have a greater effect in conditions that have a large psychological component when compared to functional disorders such as diabetes
That placebo can have an effect even if the patient knows that they are taking an inactive tablet and that part of this response is down to classical conditioning
That Dr Kirsch is working on ‘open-label placebo’ which is being able to prescribe placebo to patients without deception
That Dr Kirsch used to refer depressed patients for antidepressant treatments, but that his research made him a disbeliever when looking at the evidence of efficacy when compared to placebo
How, when you give someone a new treatment, that often will counter feelings of hopelessness that characterise depressive experiences
That in looking at this size of this effect, it made clear that the difference between placebo response and antidepressant response was so small that it was not clinically significant
That even drugs with very different modes of action resulted in virtually identical responses in patients, for example, Tianeptine, which is an SSRE (selective serotonin reuptake enhancer) and decreases serotonin levels between neurons, this drug should make depressed people worse but instead, it showed the same efficacy as SSRI antidepressants
How, when looking at the clinical trials used to demonstrate antidepressant efficacy, it became clear that the obvious nature of antidepressant adverse effects meant that trial participants would often “break blind” and they would know if they were in the active drug group or the placebo group, this would naturally influence the results of the trial
That, in a small number of studies, an active placebo was used, which was a substance that mimicked the side effects of the active drug while having no clinical effect itself
That in these active placebo studies, you were much less likely to get a significant difference between drug and placebo when compared to trials that used an intern placebo
That the trials conducted by pharmaceutical manufacturers are designed to show their drug in the best possible light and so they do not use active placebo in their studies
That Dr Kirsch feels that when conducting trials for drugs used for depression, patients should be asked early on in the trial whether they think they are in the active group or the placebo group and that this question would help ensure the trials were reliable
How, when using the data from unpublished trials, the difference between placebo effect and drug effect was even smaller
How Dr Kirsch was pleased that other researchers found his conclusions controversial because it meant that they were paying attention to the study and that others who have replicated the approach have found similar results
That influencing clinicians to better balance risk vs benefit will take time and that we need to share the data and discuss the conclusions as much as we can to allow change to happen
That people do need help with depression and that there are many different interventions that are at least as effective as antidepressants but without the associated risk
How we can’t infer that ‘off-label’ prescribing is effective until the studies have been undertaken for a particular disorder
This week on MIA Radio we interview Dr. David Healy. Dr. Healy is an internationally respected psychiatrist, psychopharmacologist, scientist, and author. A professor of psychiatry in Wales, David studied medicine in Dublin, and at Cambridge University. He is a former Secretary of the British Association for Psychopharmacology and has authored more than 200 peer-reviewed articles and 20 books, including The Antidepressant Era, The Creation of Psychopharmacology and his latest book, Pharmageddon, published in 2012.
David is a founder and CEO of Data Based Medicine Limited, which operates through its website RxISK.org, and is dedicated to making medicines safer through online direct patient reporting of drug side effects.
In this interview, we discuss Post SSRI Sexual Dysfunction (PSSD) and Dr. Healy’s novel and innovative approach to finding a cure.
A recent email to Dr. Healy starkly highlights the problem:
I took X for 16 years without any side effects. Stopped 7 months ago and all hell broke loose. Some of the side effects I got in the first week after quitting are: no libido, cold testicles/penis, pain around penis and anus, tinnitus, erectile dysfunction, tingling, numbness…
Life is not very good these days. I am married with beautiful children. They have lost their father. If I can do anything to help, don’t hesitate to get in touch. I would like to give you my biggest thanks for what you are doing and wish you all the best with the fundraising.
How Dr. Healy came to set up Data Based Medicine and RxISK.org.
Why RxISK are focussing on Post SSRI Sexual Dysfunction (PSSD).
That genital numbness can occur very quickly upon taking an SSRI antidepressant and can also be triggered by drugs such as Roaccutane (isotretinoin) and Propecia (finasteride).
What led to setting up the RxISK Prize.
How people can get involved with the campaign.
That it’s often people not involved with healthcare who get motivated to take action.
How empowering it is to enable people harmed by pills to be part of the solution.