Se Você Não Tem um Cérebro…

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Peter Breggin“Se você não tem seu cérebro, você não pode nunca mudar a sua mente. ”

Essas palavras me foram ditas pela minha esposa na noite passada e elas ativaram as minhas lembranças e pensamentos.

No início da década de 1970, sob forte pressão minha, Ted Kennedy, ainda que relutantemente, realizou as audiências do Comitê de Saúde para investigar o ressurgimento da lobotomia e formas mais recentes de mutilação cerebral ou psicocirurgia psiquiátrica. O senador Kennedy estava a favor dos tratamentos; ele pensava que eles eram científicos.

Eu estava fazendo uma campanha contra o ressurgimento da psicocirurgia em toda a Europa e América do Norte, falando em conferências aqui e no exterior, testemunhando no tribunal e no Congresso, dirigindo-me a agências federais, redigindo legislação para a criação de uma Comissão Federal de Psicocirurgia, organizando oposição e escrevendo artigos científicos e capítulos de livros. Isso tomou vários anos da minha vida.

No final, meus esforços levaram a que a maioria das psicocirurgias no mundo ocidental fossem interrompidas.

Na audiência do Senado sobre psicocirurgia, Kennedy me desafiou em um breve debate no qual ele perguntou retoricamente se eu seria também contra a cirurgia cardíaca, porque às vezes para melhorar a sua função o procedimento cirúrgico prejudica o coração, embora isso retarde perigosas arritmias, por exemplo.  Eu respondi, que na verdade, “Senador Kennedy, quando você danifica seu coração, isso pode afetar a circulação do sangue através da corrente sanguínea; mas quando você danifica seu cérebro, prejudica a expressão de sua alma aqui na Terra “.

Devo admitir que foi uma observação que fiz com raiva, o que não me ajudou, porque o New York Times voltou-se contra mim. O jornal afirmou falsamente que por motivos religiosos eu estava contra a psicocirurgia, e não a partir de bases éticas e científicas. Porém, o meu testemunho havia sido de fato muito científico.

Naquela noite, o confronto entre Kennedy e eu foi exibido na TV em Washington DC. O pessoal de Kennedy expurgou esse confronto da transcrição oficial da audiência. Muitas vezes eu desejei o clip original da TV com o meu breve debate com o senador.

O confronto entre eu e Kennedy simboliza o problema da psiquiatria. Muitos psiquiatras veem o cérebro sem mais reverência do que o coração ou o fígado. Se você receber um transplante de fígado, você ainda está lá; mas se você receber um transplante de cérebro, você se foi. E se você está afligido com drogas psicoativas, você achará mais difícil saber que você está lá.

Quando forçamos as pessoas a tomarem drogas psiquiátricas, ou quando mentimos para levá-las a tomar as drogas, não estamos prejudicando apenas o órgão de seu corpo chamado cérebro – estamos prejudicando a capacidade de pensar e sentir e conhecer e de se expressar. Estamos limitando sua personalidade e identidade, e a expressão de sua alma ou de seu espírito.

Drogas, tratamento de choque e lobotomia tornam muito mais difícil para os indivíduos entender e superar seus problemas emocionais. Essas lesões no cérebro e em seu funcionamento tornam difícil, e às vezes impossível, para as pessoas fazerem as melhores escolhas em suas vidas. É provável que permaneçam presas em um só lugar ou que piorem ao longo do tempo. Como a frase de Ginger tão apropriadamente expressou, “Se você não tem o seu cérebro, você nunca pode mudar de ideia”.

Sobre a Lei 13.438, de 26/4/17: Riscos e Desafios

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Em relação a lei 13.438, sancionada pelo Temer em abril de 2017, que obriga o estado brasileiro a avaliar risco psíquico em TODOS os bebês de 0 a 18 meses, está circulando pela internet um texto contendo análise crítica e algumas proposições para o problema em questão, uma iniciativa apoiada integralmente pelo Despatologiza e pelo MAD IN BRASIL.

Despatologiza infância

Este texto estará aberto para assinatura de todos os que concordarem com seus argumentos e propostas.

Os profissionais, instituições, usuários e familiares que quiserem assinar, deverão mandar mensagem com nome completo e instituição de pertencimento para o seguinte endereço eletrônico:  [email protected]

As assinaturas serão recebidas nos próximos 15 dias.

Leia na íntegra o texto.   

 

Sobre as Motivações e Consequências Clínico-Políticas da lei 13.438, de maio de 2017

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Luciano EliaQuem contestaria o valor inestimável de iniciativas voltadas para prevenir quadros como autismo (ou afecções similares, graves, sobrevenientes na infância)? Quem discutirá que, quando essas iniciativas tomam a forma da lei, supostamente o instrumento de garantia de direitos, esta vicissitude só poderia ser celebrada pela sociedade e pelos cidadãos de bem?

Questões e situações como esta que tentamos caracterizar acima são particularmente espinhosas, sobretudo pela sutiliza e complexidade de suas ambiguidades, plurivocidades, multiplicidades de intenções e fatores implicados nela, cujo exame crítico, que no entanto se impõe a toda postura não ingênua diante da realidade e dos fatos discursivos, pode assumir, com grande facilidade, um sentido antinômico ao direito, ao bem-estar e à ética do cuidado em matéria de política pública, principalmente envolvendo a saúde.

Este é o caso da Lei 13.438, sancionada em maio último, que, acrescentando um parágrafo ao Artigo 14 do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8069, de 1990), torna:

“obrigatória a aplicação a todas as crianças, nos seus primeiros dezoito meses de vida, de protocolo ou outro instrumento construído com a finalidade de facilitar a detecção, em consulta pediátrica de acompanhamento da criança, de risco para o seu desenvolvimento psíquico”.

Ora, será que podemos sustentar, no rigor ético exigível de todo procedimento científico, que todas as crianças de 0 a 18 meses de vida devam ser submetidas a protocolos de testagem a fim de detectar possíveis indícios de risco para seu desenvolvimento psíquico? E isso independentemente de todo e qualquer indício real manifesto, porquanto a lei assevera claramente que a aplicação do referido protocolo é obrigatória a todas as crianças, do nascimento aos 18 meses.

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Existe nessa obrigatoriedade uma sanha evidente de controle prevencionista excessivo, abstrato, que prescinde do real para intervir sobre ele, nisso consistindo aliás o aspecto mais abusivo do excesso do controle. Podemos chegar a afirmar que o anseio deteccionista tende a produzir, no limite, os indícios que supostamente se pretendem detectar como se já foram existentes, uma vez que a investigação de um ainda-não-objeto-de-investigação o busca, o procura, e, portanto, em algum grau, o produz.

Entretanto, o aspecto mais grave que podemos identificar nesta lei, que foi sancionada sem que tenha havido qualquer discussão ampla na comunidade científica interessada e de percurso longo e qualificado neste campo, talvez nem esteja no aspecto performático de sua investigação abstrata e irreal, como assinalamos primeiro, mas nos efeitos de alastramento, em escala inimaginavelmente ampla, de “detecções” infundadas, sem suporte real algum.

Os protocolos e instrumentos de detecção, cuja aplicação a toda criança torna-se obrigatória prescindindo-se fragorosamente da realidade clínica, deixam assim de estar a serviço de uma ratio científica, para a qual eles são sempre úteis quando o bom cientista, o rigoroso, mesmo sabendo-os falhos, utiliza-os para abordar, estudar, investigar e intervir sobre um real concreto que assim confere âncora, bússola e baliza ao processo investigativo, reduzindo os riscos de seus indefectíveis erros. Sem isso, a embarcação navega à deriva, ou seja, ao sabor das correntes ideológicas dominantes nas águas do mar. Esses protolocos/instrumentos passam por um processo de fetichização que consiste em suplantar a prevalência do próprio objeto investigado (que, na operação, fora tornado irrelevante de saída) tornando-se, eles próprios, o foco e o eixo da operação, o que, incidentalmente, faz também com que a margem de erro e incerteza (própria a toda atividade científica séria e salutar e que a torna, em aparente paradoxo, mais e mais confiável) fique abolida. Resulta disso um método que consiste justamente em produzir o erro como forma sistemática, de funcionamento operacional, e não como acidente contingencial.

Podemos antever uma proliferação de diagnósticos de falsos quadros de autismo e outras modalidades de sofrimento psíquico, e não sua detecção rigorosa e o mais precoce possível – o que seria alta e absolutamente desejável. Ao invés de trabalhar em prol da detecção a mais tempestiva possível, aquela que seria feita no momento mais inicial de um processo real de adoecimento psíquico na infância, os profissionais e pesquisadores que propuseram e sustentam esta lei preferem operar na abstração de um controle do irreal, tentando produzir realidades que de outro modo possivelmente não seriam produzidas.

Será necessário dizer que uma tal postura atende aos dois senhores absolutos da contemporaneidade, que subjugam sem cessar a Ciência e o Estado: o Capital-em-si e o Controle da sociedade? A proliferação dos diagnósticos sem base real (isto é, preliminar ao diagnóstico mesmo – já que este, na conjuntura em que se inscreve esta lei, vem antes, é ele que é preliminar) serve ao mercado de psicofármacos – o mais rentável do mundo (o de fármacos, que já suplantou o de armamentos que até poucos anos ocupava a pole position) e às práticas de controle e adestramento comportamental, tão hegemônicas e dominantes no mundo atual. Não estamos diante da prevenção do autismo, mas da oficialização da mais clara psiquiatrização e medicalização da infância em escala nacional.

É por isso que é importante deplorar esta lei, e fazer o que estiver ao nosso alcance para barrá-la, impedir sua aplicação, revogá-la (já que, de forma surda e fora da luz do dia das discussões democráticas, ela foi sancionada), começando por exigir a maior participação possível de profissionais críticos no processo de sua regulamentação, em curso.

A luta pela detecção precoce e, portanto, do tratamento o mais cedo possível do autismo e quadros similares terá que utilizar outras vias, clinico-politicamente mais éticas e cientificamente mais rigorosas para sua execução.

 

Paulo Amarante: ‘Medicalizar Problemas Cotidianos Faz Mais Mal à Saúde do que a Depressão’

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Em uma entrevista dada ao blog do Centro de Estudos Estratégicos (CEE-Fiocruz), o Dr. Paulo Amarante, sanitarista e pesquisador da FIOCRUZ, alerta quanto aos danos produzidos pelas drogas psiquiátricas, em especial os antidepressivos. Trata-se de um sério problema de saúde pública, sobre o qual ainda mal começamos a ter consciência da sua extensão, bem como da incorporação desse fenômeno no cotidiano de milhares de brasileiros.

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Como é sublinhado por Paulo Amarante:

 “Começou-se a observar que esses medicamentos geram dependência e que sua suspensão e retirada sejam tão difícil quanto com uma droga ilícita ou com o álcool. E praticamente não há serviço especializado no mundo nesse tipo de desintoxicação. ”

Na entrevista dada à jornalista Eliane Bardanachvili, Paulo Amarante faz referência a iniciativas para que o público em geral – e os profissionais de saúde em particular – possam ter acesso ao que a literatura científica apresenta como evidências dessa ‘epidemia de transtornos mentais’, que está sendo condicionada sobretudo pela aliança entre a Indústria Farmacêutica e os interesses corporativos da Psiquiatria enquanto instituição. Paulo destaca duas referências: a publicação do livro do jornalista estadunidense Robert Whitaker, Anatomia de uma Epidemia, pela Editora Fiocruz; e este site do Mad in Brasil.  E para aprofundar o debate nacional, ele anuncia que haverá um Seminário Internacional sobre  Prescrição de Drogas Psiquiátricas, Causas e Danos, na Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP-RJ), nos dias 30 e 31 de Outubro e 1 de Novembro, com a presença de renomados nomes internacionais.

Leia a entrevista na íntegra.

Como Você Sabe se UMA DROGA EFETIVAMENTE FUNCIONA?

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Da revista Scientific American: a eficácia de um tratamento médico específico é muitas vezes altamente subjetiva e depende da definição de cada indivíduo do termo ‘eficaz’. Muitas drogas e medicamentos estão na área cinzenta entre efetivo, benéfico e inofensivo.

“Esses meios terapêuticos e seus ‘tratamentos’ – mais do que duvidosos – florescem na região desfocada, entre o que é efetivo, benéfico e inofensivo. Apesar de toda a vasta e disponível evidência de que a homeopatia não é mais eficaz do que um placebo, por exemplo, as pessoas que acreditam terem se beneficiado continuam a exaltar seu uso, e o mercado de medicamentos alternativos é avaliado em US $ 34 bilhões. Ironicamente, “Big Pharma” deu origem a “Big Alternativa” – dois lados da mesma moeda sem sentido.

Há, é claro, tratamentos produzidos através dos supostos meios mais rigorosos, os quais também muitas vezes não fazem muito de fato. Muitos medicamentos contra a tosse sem receita, por exemplo, não contêm nenhum ingrediente ativo, e os médicos têm dito aos pacientes que não desperdicem seu dinheiro por anos. Muitas pessoas vão reivindicar, no entanto, que tais meios foram de algum benefício depois de usá-los. A chave aqui é que há ainda outra distinção a ser feita entre os tratamentos que consideramos ‘efetivos’ e os meramente ‘benéficos’.

Artigo→­

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Mais de 1.000 usuários de Antidepressivos Descrevem Como a Sua Vida Pessoal foi Afetada

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Zenobia

Nova pesquisa, publicada em Psychiatry Research, apresenta relatos pessoais de usuários de antidepressivos e suas experiências com efeitos colaterais negativos – relacionados ao sexo, trabalho, socialização e saúde física. John Read e uma equipe de pesquisadores do Reino Unido exploraram o consentimento informado e o impacto das drogas psiquiátricas.

“Esta pesquisa, a segunda maior feita até hoje, confirma que os efeitos colaterais são muito comuns ao se tomar antidepressivos”.

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As elevadas taxas de prescrição de antidepressivos continuam a subir. Na Inglaterra, as prescrições duplicaram desde 2005. Da mesma forma, o uso de antidepressivos dobrou na Austrália entre 2000 e 2014, tornando-se a medicação mais comumente usada diariamente por 1 em cada 10 australianos. Em 2005, os antidepressivos eram a droga mais amplamente prescrita nos Estados Unidos e, até 2012, 1 em cada 8 adultos tinham incorporado o seu uso em sua rotina diária.

A eficácia dos antidepressivos para depressão, quando testada em estudos não-industrias e com a metodologia do duplo cego, não é diferente do placebo. Os autores citam evidências meta-analíticas que demonstram que “o efeito geral dos medicamentos antidepressivos de nova geração está abaixo dos critérios recomendados para significância clínica”.

Os pesquisadores afirmam que os custos nocivos do consumo de antidepressivos superam os seus potenciais benefícios, os quais demonstraram ser potencialmente maiores que os efeitos placebo apenas em indivíduos que apresentam sinais de depressão muito grave.

Os sintomas negativos que são os mais comumente relatados pelos usuários de antidepressivos incluem náuseas, dores de cabeça, boca seca, insônia, sonolência, diarreia, tonturas e constipação. Outros achados de estudos controlados com placebo também se concentraram em sintomas relacionados com os próprios medicamentos. Embora reconheçam o significado dessas descobertas, os autores deste estudo procuraram expandir a pesquisa existente para examinar como os antidepressivos impactam negativamente as pessoas em termos de suas vidas pessoais e interpessoais.

Atualmente, a pesquisa que abarca o maior conjunto de dados sobre o uso de antidepressivos e seus efeitos negativos na vida pessoal identifica experiências de dificuldades sexuais, dormência emocional, perda da sensibilidade para com os seus próprios sentimentos, agitação, redução de sentimentos positivos, suicídio e desinteresse com o cuidado para com os outros. Muito poucos estudos até hoje investigaram como os que prescrevem tais drogas tratam de informar os pacientes sobre os efeitos adversos e quase nenhum deles examinou os efeitos da combinação de outros medicamentos psiquiátricos com antidepressivos.

Read e seus colegas investigaram mais de 1.000 usuários de antidepressivos no Reino Unido sobre suas experiências de sintomas interpessoais e aqueles relacionados com a vida pessoal cotidiana. Para abordar as lacunas na literatura, eles também questionaram até que ponto os participantes foram informados sobre os efeitos negativos e também se estavam tomando simultaneamente outras drogas psiquiátricas. A pesquisa on-line foi projetada e divulgada pela Mind, uma instituição de caridade que atua no campo da saúde mental na Inglaterra e no País de Gales.

A maioria dos participantes que tomaram apenas antidepressivos (85,9% de 484) relataram efeitos colaterais do uso de antidepressivos. Dos efeitos relatados, os sintomas adversos relacionados à vida sexual (43,7), trabalho ou estudo (27%), saúde física (26,8%) e vida social (23,5%) foram os mais comumente endossados, seguidos por efeitos negativos em seus relacionamentos próximos (20,9%) e no grau de independência (10,5%). Foram incluídos comentários adicionais dos participantes sobre suas experiências com antidepressivos:

“Eu odeio isso. Isso me deixa emocionalmente embotado – por exemplo, eu tive que parar de toma-los depois de um recente falecimento na família, para garantir que eu pudesse chorar no funeral “.

“As drogas me deixam totalmente desconectada de tudo e sem vida”.

“Eu acho que está causando fadiga, entre outras coisas, então eu tive que deixar minhas horas no trabalho de tempo integral reduzindo para 3 dias por semana”.

“Isso afetou minha relação sexual com o meu parceiro, pois não desejava fazer sexo, e ainda sinto os efeitos disso agora, pois ele passou a ficar nervoso e a me perguntar por que eu há tanto tempo não estava interessada “.

“É muito difícil separar os efeitos dos medicamentos e os efeitos da doença”.

Os restantes 524 participantes relataram tomar antidepressivos junto com tranquilizantes ou pílulas para dormir, antipsicóticos e / ou estabilizadores do humor. Isso indica que pouco mais da metade dos 1.008 entrevistados estavam tomando dois ou mais medicamentos psiquiátricos. Além disso, quanto mais medicamentos forem os usados, mais graves serão os efeitos colaterais relatados.

“Apesar do seu aumento rápido, a polimedicação não pode ser descrita como uma abordagem baseada em evidências”, observa os autores, sublinhando que quase nenhum estudo examinou o impacto da polimedicação, muito menos as evidências encontradas para apoiá-la.

Aproximadamente 48% dos participantes que tomaram antidepressivos indicaram que receberam suficientes informações sobre a medicação, enquanto cerca de 40% relataram que não. A porcentagem restante dos respondentes observou que eles não tinham certeza ou não conseguiam se lembrar. Curiosamente, os homens (53,5%) foram significativamente mais propensos a informar que receberam informações suficientes do que as mulheres (46,8%). A idade esteve positivamente relacionada com a não obtenção de informações adequadas, de modo que os mais velhos se sentiam menos informados com relação aos sintomas adversos.

Com respeito ao consentimento informal, os comentários adicionais dos participantes foram os seguintes:

“Na realidade, os psiquiatras se recusam a responder perguntas, bem como a aceitar ou a discutir os efeitos colaterais”.

“Os efeitos colaterais não foram muito bem explicados pelo clínico na atenção primária. A anorgasmia (a incapacidade de chegar ao orgasmo) é um efeito colateral particularmente ruim “.

“Gostaria de ter ouvido mais sobre os efeitos colaterais … Eu tive que descobrir muitas informações quando me encontrava em um estado difícil e ansioso”.

“Não me disseram todos os efeitos colaterais; na verdade, quando eu os investiguei e depois disse à minha médica, ela admitiu que não tinha ideia de que a prescrição poderia afetar-me da maneira que me estava afetando “.

De um modo geral, os resultados desta pesquisa assinalam o quão é extremamente comum experimentar sintomas negativos ao tomar medicamentos antidepressivos, particularmente aqueles sintomas relacionados ao funcionamento pessoal e interpessoal.

“Ao reduzir a depressão, as drogas também podem estar reduzindo todos os sentimentos e, assim, substituindo os sentimentos dolorosos por um forte vazio emocional, tanto em termos pessoais quanto, como consequência, em termos interpessoais.”

Curiosamente, 85% dos participantes disseram que para eles os medicamentos antidepressivos estavam sendo pelo menos ” suficientemente eficazes”. Os autores oferecem o seguinte contexto para entender esse achado da investigação:

“Muitas pessoas sentem-se menos deprimidas ao tomar ADs [antidepressivos], mas parece que isto é principalmente por causa da expectativa criada pelos processos envolvidos na prescrição e no tratamento das pílulas, e não pelos produtos químicos nele contidos”.

Eles acrescentam que, no maior estudo realizado sobre sintomas pessoais negativos relacionados ao antidepressivo, “um dos maiores preditores de eficácia percebida foi a qualidade da relação entre quem prescreve e o paciente”.

Finalmente, os achados ressaltam a importância do consentimento informado, explorando sintomas além do domínio biomédico e desencorajando as taxas crescentes de polimedicação promovidas por psiquiatras.

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Read, J., Gee, A., Diggle, J., & Butler, H. (2017). The interpersonal adverse effects reported by 1,008 users of antidepressants; and the incremental impact of polypharmacy. Psychiatry Research. http://dx.doi.org/10.1016/j.psychres.2017.07.003 (Link)

 

Sintomas de Interrupção das Benzodiazipinas (ansiolíticos)

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Os membros do grupo Recuperando das Benzodiazepinas  (Benzodiazepine Recovery) criaram um vídeo sobre os sintomas frequentemente debilitantes da interrupção de benzodiazepinas.

Video →­

Benzodiazipines Withdrawal

Fabricantes de Risperdal Processados na Justiça pelo Desenvolvimento de Mama em Meninos

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Barbara Liston
Barbara Liston

Andrew Yount, de Tennessee, era um paciente com quatro anos de idade com problemas de comportamento e um diagnóstico de TDAH, quando seu médico prescreveu Risperdal, no verão de 2003.

A droga era um poderoso antipsicótico para adultos, comercializada de forma agressiva para as crianças pela Johnson & Johnson (J&J) para atingir o objetivo de vendas de bilhões de dólares por ano.

No Natal, depois que Andrew tomou Risperdal durante quatro meses, as fotos de férias mostram que este menino pré-escolar havia desenvolvido seios como os de uma jovem nas fases iniciais da puberdade.

O médico que prescreveu Risperdal para Andrew não sabia o que os estudos da J & J mostravam: que a droga elevava os níveis do hormônio prolactina que desencadeava o crescimento de seios femininos, conhecido como ginecomastia, em uma porcentagem significativa de meninos que tomavam o remédio.

E uma vez que o crescimento dos seios foi iniciado, não há mais volta.

“Havia sido disparado o processo, e as células começam a fazer o que elas devem fazer. Quer dizer, elas continuarão a crescer de forma desproporcional “, disse Mark Solomon, um especialista médico no efeito colateral da ginecomastia de Risperdal, que foi testemunha do caso Andrew em um tribunal de Filadélfia em junho de 2016.

Hoje, aos 18 anos, Andrew é um homem completamente adulto com peitos pendurados em tamanho 42D.

E ele não é o único. Milhares de meninos e jovens estão indo aos tribunais de todo o país para processar a J & J pela ginecomastia causada por tomar Risperdal quando crianças pequenas. A condição é irreversível, exceto pela remoção cirúrgica.

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Pedro from Tampa

Coletivamente, eles se tornaram conhecidos como os Meninos Risperdal, depois que um punhado dos homens agora crescidos concordaram em participar de uma sessão de fotos e entrevistas para ajudar a divulgar a sua história. O resultado está publicado no risperdalboys.com.

Alguns dos Meninos Risperdal ganharam processos judiciais e veredictos contra a J & J, incluindo um julgamento de US$ 76 milhões no caso Yount em 2016. Foi o maior pagamento até o momento. Os veredictos baseiam-se na questão de saber se a comunidade médica foi devidamente avisada sobre os efeitos colaterais da ginecomastia provocados pelo Risperdal.

A J & J tem se recusado vigorosamente a reconhecer a sua responsabilidade e insiste em que os consumidores foram devidamente avisados sobre os efeitos colaterais.

Os Meninos Risperdal são vítimas de uma estratégia enormemente lucrativa usada pela J&J e outras empresas farmacêuticas para aumentar a receita, ao conseguirem que os médicos prescrevam seus medicamentos para pacientes para quem a droga nunca havia sido previamente planejada. São os chamados medicamentos prescritos “fora do rótulo”, e isso significa que os pacientes são transformados, em essência, em cobaias ao tomarem um medicamento que nunca foi comprovado ser seguro ou eficaz para sua condição médica.

Que as empresas farmacêuticas são motivadas muito mais por lucros do que por compaixão é evidenciado pela falta de acompanhamento das empresas para determinar se esses pacientes fora do rótulo se beneficiaram ou foram prejudicados pela droga.

No caso de Risperdal, a agência FDA aprovou a droga em 1993 para tratar esquizofrênicos adultos. Mas a porcentagem de esquizofrênicos na população dos EUA é muito pequena para a droga ganhar dinheiro segundo os padrões da Johnson & Johnson. Assim, no final da década de 1990 e no início dos anos 2000, a equipe de marketing da J & J se concentrou em convencer os médicos a prescrever Risperdal para dezenas de milhares de crianças pequenas com uma variedade de problemas de comportamento, segundo testemunhos.

Embora seja ilegal que as empresas farmacêuticas comercializem uma droga para um grupo não aprovado pela FDA, os médicos podem prescrever drogas como acharem conveniente.

A FDA rejeitou explicitamente vários pedidos da J & J para aprovar a droga para crianças, porque a empresa não tinha dados suficientes para mostrar que seria seguro, de acordo com o depoimento do ex-comissário da FDA, David Kessler.

De acordo com a Lei 360 publicada on-line, Kessler também declarou no tribunal que “cerca de 20% do Risperdal prescrito antes do início dos anos 2000 foi usado em crianças e adolescentes”.

Além das crianças, a J & J incentivou os médicos a prescrever Risperdal fora do rótulo para idosos com demência, de acordo com o Departamento de Justiça dos EUA. Risperdal não obteve a aprovação da FDA para uso em idosos, e descobriu-se mais tarde que essas pessoas estiveram sob um risco aumentado de derrame cerebral depois de tomar a droga.

A J & J pagou US $ 2,2 bilhões em 2013 para liquidar reivindicações criminais e civis pelo Departamento de Justiça dos EUA, por haver pago propinas aos médicos para prescreverem Risperdal e outras drogas fora do rótulo e para conseguirem com que esses médicos persuadissem a seus colegas médicos para que fizessem o mesmo. Na liquidação, a J & J pagou multas por violações da lei e responde a processos civis com base na Lei de Reclamações Falsas, de acordo com o DOJ. O caso foi um dos maiores procssos de fraude em saúde na história dos EUA. Denunciantes de dentro da empresa tinham avisado aos agentes federais do que vinha se passando.

“J & J e a Janssen sabiam que Risperdal apresentava certos riscos para a saúde das crianças, incluindo o risco de níveis elevados de prolactina, um hormônio que pode estimular o desenvolvimento mamário e a produção de leite. No entanto, um dos Objetivos do Manual de Estratégia da da Janssen era crescer e proteger a quota de mercado da droga junto a pacientes infantis / adolescentes. Janssen instruiu seus representantes de vendas a recorrer a psiquiatras infantis, bem como a instalações de saúde mental que tratavam principalmente de crianças, comercializando Risperdal como um medicamento seguro e eficaz para sintomas de vários distúrbios da infância, como transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, desordem desafiadora de oposição, transtorno compulsivo-obsessivo e autismo “, afirmou o DOJ em comunicado de imprensa.

No mesmo ano, a empresa reportou vendas mundiais totais de US $ 71,3 bilhões, de acordo com um comunicado de imprensa da empresa.

Se penalidades de bilhões de dólares estão sendo contabilizada pela indústria farmacêutica como algo que implica em um custo aceitável para fazer negócios, o cálculo não leva em conta o custo das vidas irreparavelmente danificadas.

O dano aos Meninos Risperdal não é apenas físico, mas emocional e psicológico.

Tão cedo quanto com seis anos, Andrew estava se recusando a tirar a camisa na frente de seu próprio médico.

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Eddie from Oklahoma

Eddie, de Oklahoma, participou do documentário fotográfico, descrevendo como o bullying o levou a se retirar para um mundo solitário, ficando sozinho em casa em frente a uma tela de vídeo.

“Eu tinha mamilos maiores do que a maioria das meninas no ensino médio”, disse Eddie no documentário Risperdal Boys.

Ele teve a sorte de que SoonerCare de Oklahoma viesse a pagar sua mastectomia.

Alguns dos Risperdal Boys descrevem as suas tentativas para amarrar seus seios para torná-los menos visíveis, e não encontrando ninguém para namorar. Depois de ter sido abordado primeiramente por uma menina e depois por um menino em sala de aula, Arturo de Pontiac disse que deixou a escola e nunca mais voltou.

Como J & J sempre minimizou a conexão entre Risperdal e ginecomastia, Isaiah, de Flint, passou por testes de câncer antes que seus médicos, buscando encontrar uma resposta para desenvolvimento incomum de sua mama, descobrissem os níveis elevados de prolactina.

Talvez um dos mais conhecidos dos Risperdal Boys seja Austin Pledger, um jovem homem do Alabama em seus 20 anos. Sua mãe Benita falou por ele no tribunal durante seu julgamento contra J & J. A família do Austin ganhou o primeiro veredicto do júri contra J&J – um jurado na Filadélfia concedeu a Austin US $ 2,5 milhões.

A mãe do Austin, Benita, lembra da primeira receita preenchida para Risperdal, em 2002, quando seu filho tinha oito anos de idade, como tratamento para a irritabilidade associada ao autismo. O médico que prescreveu Risperdal para Austin recebeu o completo tratamento de comercialização do Risperdal apresentado pelo representante local de vendas da subsidiária da J & J e Janssen. O representante de vendas visitou o médico pelo menos 20 vezes, duas vezes mais vezes que Austin viu o médico, de acordo com testemunhas.

Austin ficou em Risperdal por cinco anos. Quando era adolescente, Austin tinha seios femininos cheios.

No julgamento, Benita descreveu como Austin colocava uma toalha sobre seus peitos quando ele saia do chuveiro, para que assim não os visse quando de frente ao espelho, e como ele uma vez bateu intencionalmente seus seios contra a mesa da sala de jantar.

J & J reconheceu em seu relatório anual de 2016 que a empresa enfrenta 18.500 ações judiciais pessoais em todo o mundo relacionadas ao Risperdal. Muitos dos meninos precisam de ajuda para pagar uma cirurgia plástica dispendiosa para desfazer o dano da droga.

De todos os pedidos de Risperdal apresentados contra a J & J, pelo menos três são conhecidos por terem sido resolvidos pela empresa na véspera do julgamento.

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Arturo from Pontiac

Desde o caso de Yount, os juízes do tribunal de delito de massa da Filadélfia impediram que quatro casos chegassem a um júri por motivos técnicos. As quatro decisões estão sob recurso. A J & J também está apelando dos veredictos contra a empresa.

Haverão mais casos Risperdal nos próximos meses.

Os novos casos trarão o tipo de publicidade que a J & J não precisa, com as recentes semanas a mostrar manchetes preocupantes. Bloomberg informou que a J & J perdeu seis dos sete maiores veredictos sobre a responsabilidade do produto em 2016. Além do julgamento de $ 76 milhões de Yount, os jurados deram ganho de causa a dois pacientes para implante de quadril, em um total de US $ 1,5 bilhão, além de três mulheres que alegando que o talco da empresa havia causado câncer de ovário obtiveram quase que US$ 200 milhões. Alguns dos veredictos foram reduzidos pelos juízes, e alguns devem ser apelados. A empresa reconhece mais de 100 mil processos judiciais pendentes, incluindo casos envolvendo alegações de que seu diluidor de sangue Xarelto causa sangramento não controlado e que a sua malha pélvica se deteriora e causa danos internos. Bloomberg informou que 17 casos de responsabilidade por produtos contra a empresa envolvendo morte e lesões foram esperados para julgamento em 2017.

Povo do Reino Unido! O Nosso Monstro Ataca Seus Filhos

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Peter BregginPais britânicos, prestem atenção!  A praga que começamos aqui nos EUA  está caindo com uma ferocidade implacável sobre os filhos de vocês. Em um período de pouco mais de um ano, 166 mil crianças receberam antidepressivos. Destas, 537 estavam com seis anos de idade ou menos. A taxa geral de aumento foi de 12%.

Apesar dos avisos dados pela sua própria agência de monitoramento de drogas, os médicos estão se tornando mais determinados do que nunca a empurrar drogas psiquiátricas para as crianças na Grã-Bretanha. A desculpa é que existem recursos psicossociais insuficientes em seu sistema de medicina socializada. Isso é verdade, mas não é a razão principal. Em última análise, os psiquiatras têm pouca ou nenhuma auto-restrição para os danos que eles fazem. Eles passam a ser impedidos de drogar e prejudicar as pessoas, incluindo crianças, apenas quando há resistência pública e ações judiciais.

Sabe-se que a maior parte da droga é dada por médicos de cuidados primários e pediatras, em vez de psiquiatras; mas é a minha profissão – a psiquiatria – que trabalha em parceria com o Império Farmacêutico para provocar esta onda de destruição sobre nossos filhos.

Tenho muitos colegas maravilhosos em psiquiatria e psicologia na Grã-Bretanha. Muitos deles estiveram no meu programa de rádio, como o psiquiatra infantil Sami Timimi e a psiquiatra Joanna Moncrieff. Eu não tenho que pedir a eles para saber o quão angustiados eles devem se sentir por esse aumento de crianças sendo drogadas sob os cuidados de sua profissão.

Embora os médicos tenham maneiras de conter esse fenômeno, o único antidepressivo oficialmente aprovado para crianças na Grã-Bretanha é o Prozac. Por que Prozac? Porque o fabricante, Eli Lilly, é o mais inteligente na manipulação de estudos para vender neurotoxinas. E neurotoxinas elas são sempre. Como descrevo no meu livro Psychiatric Drug Withdrawal, todas as drogas psiquiátricas são venenos químicos que prejudicam e danificam a função cerebral. Nenhuma delas melhora ou nutre o cérebro.

Estudos monitorados pela FDA mostraram uma duplicação da taxa de suicídio em crianças em antidepressivos durante experimentos de 4 a 6 semanas. Essa taxa é muito maior na prática clínica em que muitas das crianças já são suicidas, recebendo combinações de drogas, suportando exposições às drogas por períodos muito mais longos, e sendo muito mal monitoradas.

O suicídio induzido por antidepressivos em crianças é bem conhecido e encontrado em avisos dispostos em uma tarja preta – onde estão todas as informações de prescrição para antidepressivos. Por isso, vou me concentrar nos efeitos adversos que mais se espalham pelos cérebros e as mentes das crianças. São desastrosos os resultados para o Prozac e todos os antidepressivos.

Você encontrará estes e muitos outros estudos em www.breggin.com

Ou no meu gratuito site Antidepressant Resource Center, nas seções 1B, 2B e 3B. Todos esses estudos foram conduzidos por psiquiatras líderes das empresas de medicamentos, e que tiveram que admitir esses trágicos resultados:

  • Riddle et al. 1991: 50% das crianças de 8 a 16 anos desenvolveram duas ou mais anormalidades com o Prozac, incluindo agressão, perda de controle de impulsos, agitação e outros sintomas maníacos.
  • King et al. 199114% das crianças com o Prozac se tornaram agressivas ou violentas.
  • Wilens et al. 2003 :21% das crianças com idade média de 12 desenvolveram distúrbios de humor em uma variedade de drogas antidepressivas. Esses distúrbios do humor incluíram irritabilidade (associada à agressão) e depressão. Muitas se tornaram agressivas e muitas desenvolveram distúrbios de ansiedade e sono. Incrivelmente, 6% tornaram-se maníacas e 10% tornaram-se psicóticas.

Se esses médicos possuíssem consciência eles teriam pedido fim à prática de drogar crianças com antidepressivos. Infelizmente ele não hesitam a continuar a os promover.

Evidências científicas indicam que os antidepressivos não ajudam as crianças (veja aqui e aqui). À luz de tais riscos elevados para o bem-estar da criança, esses produtos químicos psiquiátricos estão claramente fazendo muito mais mal do que bem.

Que tipo de sociedade permitiria esse tipo de agressão aos seus filhos? Essa é uma grande questão. Importante, a Psiquiatria e o Império Farmacêutico, bem como o Governo, provavelmente são os maiores responsáveis por essa tragédia. Qualquer um dos três, agindo de maneira ética, poderia pôr fim a esse horror.

Profissionais e cidadãos interessados dos EUA e da Grã-Bretanha devem juntar as mãos e os corações para salvar os nossos filhos. Se não o fizermos, os nossos filhos mais e mais receberão essas drogas; mais e mais desenvolverão efeitos colaterais em suas mentes e manifestarão comportamentais adversos; e mais e mais receberão medicamentos adicionais para controlar os efeitos adversos, levando as crianças a se tornarem consumidores de neurotoxinas prescritas ao longo da vida.

Ao iniciar as crianças em antidepressivos, roubamos-lhes as capacidades para aumentar o potencial delas como seres humanos. Elas nunca saberão quem são realmente ou em quem elas poderiam ter se tornado.

Carta endossando o recente relatório da ONU sobre Saúde Mental

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A Mental Health Europe e a British Psychological Society estão à procura de signatários de uma carta que aprove o recente relatório do Relator Especial das Nações Unidas sobre saúde mental, que exige um aumento dos serviços psicossociais, orientados para a recuperação e alternativas não coercivas ao modelo biomédico. Se você ou sua organização estiverem interessados em assinar, entre em contato com [email protected] ou e-mail [email protected].

Artigo

ONU

E nós aqui no Brasil?  Vamos tomar iniciativas semelhantes?

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