Atualização sobre Marci Webber: o pesadelo terminará?

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Em 2010, Marci Webber era uma mãe solteira de uma filha de três anos de idade e era estudante de direito. Foi quando lhe foi prescrito uma crescente gama de medicamentos psiquiátricos para lidar com o seu estresse. O médico continuou a prescrever sem o devido acompanhamento médico e negligenciando a renovação da prescrição de Zoloft. Marci experimentou um episódio psicótico induzido por medicação. Sob a ilusão de que sua filha de quatro anos, Maggie, estava prestes a encontrar um destino terrível, ela a matou para “salvá-la” e, depois tentou, sem sucesso, se matar. Ela foi considerada inocente – por motivo de insanidade –  e foi internada em uma instituição mental estadual no estado de Illinois, uma pena de 99 anos.

A história de Marci foi publicada anteriormente em Mad in Brasil em 13 de dezembro de 2016 (“Um Pesadelo de Mãe: terrível”), e atualizada em 21 de fevereiro de 2018 (“O pior pesadelo de uma mãe continua“).

Durante seu confinamento, Marci tem regularmente se envolvido com o pessoal do manicômio judiciário. Marci tem sido muito sincera sobre a causa real de seu crime. Ela se recusa a concordar com a equipe de que ela está mentalmente doente. Em resposta, os funcionários confiscaram todos os seus bens pessoais há mais de um ano, e se recusam a devolvê-los. A equipe intencionalmente a priva de tudo, nega que se exercite, a pegar ar fresco, a lanches, a visitas e qualquer outra coisa que tornaria sua vida tolerável. Eles retêm sua correspondência e a sujeitam a frequentes buscas no quarto e buscas em suas cavidades corporais. Pior de tudo, eles mentem sobre seu comportamento e status mental para o tribunal, em um esforço para mantê-la trancada indefinidamente.

De acordo com a lei, quando um paciente em um manicômio judiciário não é mais mentalmente doente e perigoso, ele deve ser liberado. Marci tem se recusado a tomar qualquer medicação psiquiátrica, há mais de cinco anos,  e não tem demonstrado sinal algum de psicose ou periculosidade. Agora temos um psiquiatra e dois psicólogos, de fora da instituição, que avaliaram Marci de forma independente e não encontraram evidências de doença mental.

Eu também posso garantir a sanidade de Marci. Eu tratei Marci de 2002-2008 para o estresse quando ela estava passando por uma longa batalha de divórcio e custódia. Eu tenho mantido contato com Marci por telefone várias vezes por semana, desde a sua prisão. Eu nunca detectei qualquer evidência de psicose ou qualquer outra doença mental grave.

Marci solicitou a alta e tem uma audiência de alta marcada para este mês de junho de 2019. É fundamental convencer o juiz de que Marci deveria ser liberada. Marci está achando cada vez mais difícil tolerar sua vida nas circunstâncias atuais. O ônus da prova é alto, e o manicômio e o Estado de Illinois estão se opondo à sua libertação.

Acreditamos que precisamos de mais um psiquiatra para avaliar Marci e testemunhar por ela, mas estamos sem fundos. Também estamos com falta de fundos para pagar os provedores de saúde mental atualmente programados para testemunhar. Eu criei um fundo para a defesa legal dela.

Marci também recebe de bom grado orações e apoio emocional das pessoas. É um momento muito difícil para ela. Você pode contatá-la pelo correio:Elgin Mental Health Center, 750 S. State St. Elgin, IL 60123. Ela não tem acesso a e-mail ou à internet. Você também pode ligar para ela no telefone (847) 429-5748. Ela geralmente está limitada a telefonemas limitados a alguns minutos.