História e lutas do Movimento Internacional de Usuários e Sobreviventes da Psiquiatria

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Tina MinkowitzNo dia 25 de setembro de 2018, na Escola Politécnica Joaquim Venâncio (EPSJV) /FIOCRUZ, das 8:30 às 12:00, Tina Minkowitz estará conosco participando da Aula Pública do Curso de Qualificação Profissional em Saúde Mental, cujo tema será “O Protagonismo dos Usuários na luta por uma Sociedade sem Manicômios”.  Haverá uma cerimônia de abertura com as presenças de Anakeila de Barros Stauffer (diretora da EPSJV), Hugo Fagundes (coord. de saúde mental do Município do Rio de Janeiro), Paulo Amarante (ABRASME), Walter Farias (autor do livro: “O capa branca: de funcionário a paciente de um dos maiores hospitais psiquiátricos no Brasil”), com a coordenação de Nina Soalheiro (EPSJV).

A Conferência da Tina terá como tema: “História e lutas do movimento internacional de usuários e sobreviventes da Psiquiatria”.  Será transmitida ao vivo no link www.epsjv.fiocruz.br

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Em 10 de março de 2018, na Rádio Mad in America (MIA), Tina Minkowitz foi a entrevistada pelos nossos colegas. Tina é uma advogada e sobrevivente da psiquiatria que representou a Rede Mundial de Usuários e Sobreviventes da Psiquiatria na elaboração e negociação da Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. Tina é uma forte proponente da abolição de todas as intervenções psiquiátricas forçadas e desempenhou um papel importante na obtenção de uma mudança na lei internacional em favor de tal proibição.

Nesta entrevista dada à rádio MIA, Tina fala como as Nações Unidas apoiaram a abolição do tratamento psiquiátrico forçado e por que ela acredita que a abolição do tratamento forçado, e não da reforma do tratamento, é necessária. Com essa entrevista você pode se preparar para assistir a Conferência da Tina no Rio de Janeiro.

Neste episódio nós discutimos:

Como Tina ficou interessada na interseção do direito internacional dos direitos humanos, da lei dos direitos das pessoas com deficiência e da questão do tratamento psiquiátrico forçado.

Por que Tina acredita na abolição, não na reforma, do tratamento psiquiátrico forçado.

Que a ameaça de tratamento forçado contra alguns sobreviventes psiquiátricos pode ser traumática para toda a comunidade de sobreviventes.

As barreiras à abolição do tratamento forçado, incluindo a percepção pública de pessoas rotuladas mentalmente doentes e a falta de consciência de alternativas não coercitivas.

Essa defesa é necessária para eliminar a permanência de 72 horas de hospitalização forçada, seja com ECT, tratamento psicofarmacológico forçado ou compromisso de tratamento ambulatorial.

Por que o tratamento forçado constitui violência física?

Precisamos criar práticas alternativas ao atual sistema de saúde mental para exigir uma parada imediata no tratamento forçado.

Como a política de saúde mental deve centrar o que hoje consideramos práticas alternativas, como são serviços gerenciados por pares, grupos de vozes ouvintes e apoio domiciliar.

Como a questão do tratamento forçado se enquadra no quadro dos direitos das pessoas com deficiência.

As atividades atuais de Tina com o Centro para os Direitos Humanos dos Usuários e Sobreviventes da Psiquiatria.

Links relevantes:

The Center for the Human Rights of Users and Survivors of Psychiatry

Campaign to Support CRPD Absolute Prohibition of Commitment and Forced Treatment

CRPD Course

Committee on the Rights of Persons with Disabilities

Convention on the Rights of Persons with Disabilities

Para entrar em contato conosco e-mail: [email protected]